Por Kitty de Melo
Neste domingo, 12 de novembro de 2023, as forças armadas de Israel anunciaram que estão prontas para ajudar a evacuar bebês do maior hospital de Gaza, estendendo de 4 para 12 horas o período diário para dar chance à evacuação. Autoridades palestinas relataram que dois recém-nascidos morreram e dezenas estavam em risco após falta de combustível no local para os geradores, em meio a intensos combates na região. As autoridades de fronteira de Gaza anunciava a reabertura, hoje, da passagem de Rafah para o Egito, exclusivamente para portadores de passaportes estrangeiros. Adicionalmente, a Jordânia efetuou um lançamento aéreo de mais ajuda em um hospital de campo.
O Hamas declarou ter destruído completamente ou parcialmente mais de 160 alvos militares israelenses em Gaza, incluindo mais de 27 tanques e veículos nas últimas 48 horas. O porta-voz militar israelense informou que o Hamas perdeu o controle do norte de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou no sábado à noite a morte de mais cinco soldados israelenses em Gaza. O exército de Israel confirmou a morte de 46 soldados desde o início de suas operações terrestres na área.
Rockets continuam sendo disparados de Gaza para o sul de Israel, onde, cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 200 feitas reféns pelo Hamas.
Oficiais palestinos informaram na sexta-feira que 11.078 residentes de Gaza foram mortos em ataques aéreos e de artilharia desde 7 de outubro, cerca de 40% sendo crianças.
Progresso em Acordo de Reféns
As três principais emissoras de TV de Israel, sem citar fontes, relataram algum progresso em um acordo para libertar reféns mantidos pelo Hamas em Gaza.
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Em Tel Aviv, milhares se juntaram a um comício em apoio às famílias dos reféns.
Situação Crítica no Hospital Al Shifa
Residentes de Gaza relataram que tropas israelenses entraram em confronto com atiradores do Hamas durante a noite ao redor da Cidade de Gaza, onde se localiza o hospital Al Shifa, o maior de Gaza.
Ashraf Al-Qidra, representante do ministério da saúde em Gaza controlada pelo Hamas, disse que o hospital parou de funcionar desde sábado.
“Estamos usando todos os meios para tentar não perder mais vidas”, disse Al-Qidra à um repoter da Reuters. “A menos que uma solução seja encontrada para nos fornecer combustível ou eletricidade, os pacientes e feridos correm risco de morte.”
O porta-voz militar-chefe de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, disse que o exército israelense ajudaria na evacuação dos doentes e bebês do hospital, a pedido da equipe do Al Shifa. Al-Qidra disse que havia um total de 45 bebês, pois eles estão servindo de escudo para o Hamas que opera do subsolo do hospital.
Questionado sobre as evacuações, Al-Qidra disse: “Não sabemos de nenhum plano para tirar os bebês e os doentes e levá-los a um hospital mais seguro. Até agora, estamos rezando pela segurança deles e para não perder mais nenhum.”
Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde expressou “grave preocupação” pela segurança de todos refugiados no hospital pelos combates e disse que havia perdido a comunicação com seus contatos lá.
Israel pediu para médicos, pacientes e milhares de evacuados que buscaram refúgio em hospitais no norte de Gaza devem sair para que as tropas israelenses possam enfrentar os terroristas do Hamas. Estes últimos estabeleceram centros de comando sob e ao redor dos hospitais, e os pontos de lançamento de foguetes contra Israel estão localizados na área do hospital.
Hamas nega usar hospitais dessa maneira. Funcionários médicos afirmam que pacientes podem morrer se forem movidos e oficiais palestinos dizem que o fogo entre Hamas e Israel torna perigoso para as saírem do Hospital.
O Ministro da Agricultura de Israel, Avi Dichter, chamou as evacuações de “Nakba de Gaza” – uma referência à saida em massa de palestinos após a fundação de Israel em 1948.
“Operacionalmente, não há como conduzir uma guerra da maneira que o Hamas está usando os civis em Gaza”, disse a IDF (Forças de Defesa de Israel). “Por mais que tentemos não atingir civis, é impossível devido à forma como o Hamas está empregando sua estratégia dentro dos territórios de Gaza”, afirmou Dichter. “Não sei como isso vai terminar, já que eles estão usando o próprio povo como reféns, e nós precisamos avançar. A única forma é tentar pedir que o povo saia, mas o Hamas não permite que isso aconteça. Estamos concedendo quase 12 horas diárias de cessar-fogo para permitir que as pessoas saiam, mas há relatos de palestinos sendo executados pelo Hamas quando tentam deixar a área de conflito.”
Chamada por um Cessar-Fogo Imediato
Funcionários do Al Shifa disseram à reportes da Reuters que houve bombardeio contínuo por mais de 24 horas. A maioria dos funcionários do hospital e das pessoas abrigadas lá havia partido, mas 500 pacientes permaneceram.
A ala militar do aliado do Hamas, Jihad Islâmica, a Brigadas Al-Quds, disse estar “envolvida em confrontos violentos nas imediações do Complexo Médico Al Shifa, no bairro Al Nasr e no campo Al Shati em Gaza.”
Al Nasr abriga vários hospitais importantes.
Israel disse anteriormente ter matado um terrorista do Hamas que estaria impedindo a evacuação de pessoas de um hospital no norte. Os próprios palestinos comunicaram à IDF que esses terroristas estavam ameaçando-os, não permitindo que evacuassem o hospital. Eles passaram as coordenadas, conforme mostra a conversa dos palestinos com a IDF.
Em Londres, pelo menos 300.000 manifestantes pró-palestinos marcharam, e a polícia prendeu mais de 120 pessoas enquanto tentavam impedir ataques contra pessoas que participavam de um protesto pacífico pró-Israel. Mais de 20.000 pessoas se juntaram a um comício pró-palestino em Bruxelas, em meio a extremistas do Hamas. Até nos protestos, eles estão usando pessoas como escudos para inflamar os protestos e usá-las como meio de proteção, ateando fogo em policiais e vandalizando propriedades. As pessoas não têm noção de que participar desses protestos ajuda o Hamas a perpetuar seu terrorismo.
No atual panorama do Oriente Médio, Israel enfrenta ataques em múltiplas frentes, sinalizando uma fase aguda dos conflitos na região. Ontem, aeronaves israelenses efetuaram ataques aéreos ao longo da fronteira com o Líbano, tentando neutralizar pontos de lançamento de foguetes do Hezbollah, em resposta aos ataques deste grupo militante contra postos do exército israelense. Este acirramento da violência é parte de uma série de enfrentamentos frequentes na fronteira Líbano-Israel. Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, declarou que seu grupo está envolvido em combates na região e ameaçou intensificar a violência, enquanto o conflito de Israel em Gaza com o Hamas, aliado do Hezbollah, se aproxima de um mês.
O Hezbollah proclamou estar pronto para todas as possibilidades, afirmando que poderia recorrer a elas a qualquer momento. O grupo relatou ter atingido pelo menos seis postos israelenses na fronteira, usando “foguetes e armas adequadas”, e alegou ter alcançado alvos precisos e destruído equipamentos técnicos. De acordo com a rede de TV Al-Mayadeen, sediada em Beirute, o Hezbollah empregou pela primeira vez dois foguetes Burkan, com pesadas ogivas, em um ataque a um posto israelense conhecido no Líbano como Jal al-Allam.
Israel Atacado por Todos os Lados, IDF Mostra seu Poder de Fogo
Num cenário onde Israel se encontra sob constante pressão e ataques de múltiplos grupos militantes, o país tem demonstrado significativa capacidade de resposta e poder de fogo. Cercado por adversários em várias frentes, Israel respondeu recentemente com ataques aéreos ao longo da fronteira com o Líbano, visando pontos de lançamento de foguetes do Hezbollah. Essa resposta militar é um reflexo da postura defensiva e ao mesmo tempo assertiva de Israel diante dos desafios impostos pelos conflitos regionais.
O Hezbollah, em particular, tem intensificado seus ataques, lançando foguetes e empregando armamento pesado contra postos israelenses. Em retaliação, Israel mobilizou sua aviação e artilharia para neutralizar ameaças e prevenir futuros ataques. A situação é ainda mais complicada com o envolvimento do Hamas em Gaza, criando uma frente de combate adicional para Israel.
Esses confrontos ressaltam não apenas a complexidade geopolítica da região, mas também a capacidade de Israel de se manter firme e reativo frente a ameaças múltiplas e simultâneas. O país continua a demonstrar uma combinação de vigilância, tecnologia militar avançada e estratégia, elementos cruciais para sua defesa em um cenário tão desafiador.
Registros em vídeo recentemente divulgados IDF (Forças de Defesa de Israel), mostram os soldades israelenses realizando um ato arriscado ao entregar pessoalmente 300 litros de combustível ao hospital Shifa, localizado em Gaza, com a intenção de atender a necessidades médicas urgentes. Curiosamente, o Hamas, que controla a região, proibiu a recepção deste combustível pelo hospital. Este incidente ocorre em um momento em que o ministério da saúde de Gaza, sob gestão do Hamas, tem emitido alertas sobre uma crítica falta de combustível nas instalações hospitalares. Surge, então, uma pergunta crucial: por que o Hamas impediria o hospital de receber um recurso essencial como este? Apesar dos esforços de Israel para se distanciar da imagem de vilão neste cenário complexo, observa-se que parte da população, influenciada por uma narrativa possivelmente distorcida, continua a apoiar inconscientemente o Hamas. O que poderia explicar esta aparente contradição? A raiz deste fenômeno seria a desinformação ou algo mais profundo na psique coletiva?
#palestinefreefromhamas