Por Richard W. Sanchez
Assustou?
Lista do inferno como muitos chamam aqui na comunidade brasileira, é aquela lista de compras para amigos e familiares. É a famosa lista de “encomendas”!
Eu costumo dizer que a famosa lista tem duas gerações.
Versão 1.0 ou AEC – antes do e-commerce
Versão 2.0 ou DEC – depois do e-commerce
Se você perguntar a qualquer um que voa com frequência ou não, nessa rota Brasil-Estados Unidos, com certeza essa pessoa irá dividir experiências com você de muito estresse entre amigos, familiares, quando não com a alfândega. Tudo por causa de “encomendas”!
Se trocarmos na palavra o segundo “n” por “r”, de repente o texto faz mais sentido.
Na primeira geração, ou versão 1.0, a lista AEC, muitas das vezes para atender somente um amigo ou familiar, o portador dessa lista, conhecendo ou não a cidade americana, digamos Miami ou Orlando, que são preferências dos turistas brasileiros, tinham que fazer 3,4, 5 ou até muito mais paradas para comprar determinado item, quando muitas das vezes não encontravam. No passado e犀利士
u mesmo já contabilizei quase 20 lojas atendendo essas listas!
Muitas das vezes, o principal que para o turista era conhecer a cidade, não sobrava tempo pois passavam as poucas horas ou dias, nas lojas buscando “encomendas”.
Já na geração atual, a versão 2.0 ou a lista DEC, tem um outro agravante.
O turista de um modo geral não faz mais tantas paradas, mas tem sido surpreendido com a facilidade que todos nós conhecemos do e-commerce!
O que está acontecendo quando o turista chega nos Estados Unidos, ou quando o brasileiro que mora no Brasil sabe que o amigo ou parente vai descer, só compra nos websites e manda entregar.
A força do e-commerce é tão forte, que muitos hotéis já aceitam receber “encomendas”, no nome do hóspede é claro, mediante uma pequena taxa. Um pequena renda extra para o hotel!
Se você é essa pessoa que está vindo para os EUA, quando chega já tem as “encomendas”dos amigos ou parentes, e mais uma conta para pagar! Fora a surpresa de ver que o espaço e peso da sua mala já estão comprometidos, não tendo espaço para as suas compras!
E se você é morador e avisa a família e amigos que está descendo, a mesma coisa. Você liberando, a tendência é comprarem muitas coisas e entregarem na sua casa.
O cenário polêmico e de discórdia, ou se quiser um português mais apropriado, de bate boca até mesmo de desunião entre as partes é o seguinte:
Como fica o limite de peso do viajante, caso ele precise? Como fica o limite de alfândega, caso ele precise usar a cota?
Entendo que quem está no Brasil quer novidades e quer pagar mais barato de um modo geral.
Acontece que também de um modo geral, não quer pagar nada por nenhum excesso, seja no peso ou na cota!
Meus amigos e amigas leitores do Florida Review. Vejo esse problema de discussão, desentendimento, bate boca até mesmo de desunião “pós compras” atingindo a tradicional família brasileira desde 1991!
O mais doloroso é que não vejo nenhum sinal de desaceleração.
Mas aí você pergunta: tá bom Richard, qual a solução?
No meu entender é muito simples.
Basta dizer o seguinte: minha cota de peso e de alfândega estão estouradas… passando o peso ou a cota, qualquer pagamento extra, é teu!
Voilá! Simples não é?! Com essa abordagem você vai ver que as encomendas sumirão antes de você falar “lista do inferno”.
Você vai ficar bem na foto, não vai negar levar nada para ninguém, e confirmará quem realmente tem consideração por você.
E finalizando esse post, se você se envolver em qualquer capacidade com encomendas para alguém, o aborrecimento e estresse, não é uma questão de se, mas de quando.
1 comentário
Perfeito!!!!