Por Lucio Costa para Florida Review
Lucio Costa, hoje Constantini, nome adquirido da avó, se me lembro bem, já que estava difícil concorrer nos motores de busca com o arquiteto Lucio Costa… Lucio Constantini nasceu de família humilde, pai engraxate, mãe enfermeira, boêmio ele, e ela apaixonada por dançar, tiveram filhos, não lembro mais quantos, mas sei que Lucio cresceu nessa casa, onde Rose (nome da mãe) cuidava com tanto carinho. O pai do Lucio tocava bandolim e Lucio com 8 anos mostrou paixão pelo instrumento, mas o pai não deixava tocar, aí ele fez tanta birra que o pai disse que iria tocar uma música pra ele, e se ele fizesse ao menos um acorde, ele o deixava brincar com o bandolim. Lucio parou de chorar olhou o pai que pegava o bandolim e acordava um pouco o instrumento. Tudo pronto ele começou a tocar nada mais nada menos que a música Valsinha, do Teo Azevedo, Lucio prestou atenção característica de uma criança de 8 anos. O pai terminou e entregou o instrumento para o filho, que pegou se ajeitou e fez uma performance melhor que a do pai. Toda promessa é uma dívida, o bandolim passou para o Lucio, e Lucio começou a acompanhar o pai no trabalho tocando bandolim enquanto o pai engraxava os sapatos. Um dia se sentou na cadeira um senhor que observou o menino, e depois de perguntar algumas coisas falou para o pai: “Se você deixar ele vir comigo eu pago os estudos dele”. Resumo esse diretor de orquestra levou Lucio, e ele estudou, formou como regente de orquestra, tocou na noite com grandes nomes. Se apaixonou e foi morar na Itália, lá a paixão de Lucio deu fruto a uma menina linda, que infelizmente ele não conseguiu fazer as honras de pai. Mas Lucio é especial, e um grande trabalhador, encontrou uma es必利勁
panhola, linda por dentro e por fora e a trancos e barrancos constituiu uma família e teve outra princesa.
E durante a pandemia apaixonado por Torino, descobriu que Nietzsche tinha habitado por um período ali, descobriu a casa dele, visitou e se encantou com a história. Do lado de fora o COVID gritava e aterrorizava e do lado de dentro de uma casa nascia uma opera linda. Pegou um pedacinho da história do filosofo e transformou em uma coisa linda, cheia de movimento e significados. Imaginou seus músicos, e em uma de nossas conversas, ele me mostrou, eram garrafas colocadas em disposição de uma orquestra sinfônica. Coisa linda é a imaginação… a opera é linda e em breve estreará aqui no Brasil.
E assim vejo a minha cozinha, como uma orquestra, onde as panelas são meus músicos, e a comida a música, eu sou a regente de toda essa orquestra.
Cuscuz de camarão
Para 4 pessoas
250 gr de cuscuz marroquino
500 ml caldo de verdura
300 gr de camarão limpo
1 pimentão vermelho pequeno
1 cebola roxa média
1 maço de coentro
1 cenoura pequena
Sal a gosto
Colocar o caldo para ferver, quando estiver fervendo cobrir o cuscuz para hidratar. Enquanto isso cortar em cubos pequenos, a cenoura, a cebola e o pimentão sem pele e passar todos 3 por 1 minuto em uma água fervendo e colocar no cuscuz, picar os camarões, temperar com alho, sal e limão, saltear no azeite e misturar no cuscuz. Acrescentar o coentro lavado e picado. Temperar com azeite, sal e pimenta do reino branca. Servir com folhas de saladas crocantes.
Lucio Constantini @operanietzscheatorino
14 Comentários
Parabéns Vivi pelo ótimo texto e criatividade, continue sempre! Bjs
Maravilha,muita criatividade,Parabéns 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👍🏼
Lucinha Amada, não é criatividade não, é só o contar a vida, os lugares….. estou muito honrada de você da sua opinião aqui, artista maravilhosa!!!!!
Beijocas e vamos para o próximo rícino Foodsafari!
Que lindo compreender a construção e evolução de um brasileiro , um novo estilo de ópera. Perfeito !!!
É Monique, e você não imagina o que ele faz com o bandolim dele, te convido a segui-lo no Instagram. Um abraço e muito obrigada por me prestigiar!!
Vivi Helney
Oi Viviane, amiga querida, linda a história que você tão bem contou, do nosso amigo comum, o Lucio Costantinni, homem íntegro e artista muito talentoso! Temos muito carinho e admiração recíprocos e um grande amor pela música! Nos conhecemos através de ti e depois disso, tantas parcerias! Grazie ancora! Beijo no coração, Ludo Farago, tenor
Oh Ludo querido, outro brasileiro que faz os teatros tremerem com a sua voz… grande tenor do Teatro Regio de Torino, fico muito lisonjeada, muitas saudades… beijos grande a você e a Maghali!!!
Minha irmã quanto orgulho sinto de vc,parabéns pelo belo texto,com essa maneira tão peculiar de escrever histórias e fazer a arte da escrita acontecer não só nos papéis mas também nas panelas,que vc continue sempre!
Obrigada irmã, escrever como vejo o mundo está sendo um grande desafio….mas eu gosto de desafios né!!!!
Beijos te amo… e boa sorte na sua exposição.
Lindo texto Vivi . Parabéns quem enviou-me foi Patrícia sua irmã que é uma grande e especial amiga. Adorei
Obrigada Helena, é a história do Lúcio, ele é realmente especial e suas obras são lindas. Obrigada pelo seu tempo,
Vivi helney
Muito bom!! Very good!! 😍
Obrigada Chef PauloMachado,
Maestra Vivi, seu cuscuz de camarão é uma sinfonia de sabores. Bravo. Este também é música. Esta orquestra sinfónica gastronómica que toca os bons gostos que se fazem sentir nos nossos corpos e que nos atingem as nossas almas. Obrigado por compartilhar! beijo.