Por Guilherme Caram
Expandir para os Estados Unidos é mais do que entender números e estratégias. É entender
pessoas. E nos negócios, quem se conecta melhor, vence. O mercado americano não é só o maior
do mundo — é também o mais diverso, exigente e rápido em separar o que agrega valor do que
não.
E aí está o desafio: não adianta chegar com um ótimo produto se você não souber falar a língua
do consumidor. E não estou falando de inglês — estou falando de cultura.
1. Pontualidade não é detalhe, é marca pessoal
Nos EUA, “time is money” não é só um ditado, é uma forma de vida. Um estudo da Gallup
mostrou que 82% dos americanos associam pontualidade a profissionalismo. Chegar atrasado a
uma reunião pode custar a sua credibilidade. É simples: respeite o relógio e você já começa
respeitado.
2. Objetividade é o que fecha negócios
Se no Brasil valorizamos longas conversas e uma boa relação antes de fechar um acordo, nos
Estados Unidos a regra é diferente: vá direto ao ponto. Seja claro sobre o que você oferece, por
quanto e como isso agrega valor. No mercado americano, as pessoas querem soluções, não
rodeios.
3. Datas comemorativas: bilhões em oportunidades
O mercado americano movimenta cifras astronômicas em datas como Thanksgiving e 4 de Julho.
Em 2024, o Dia dos Namorados (Valentine’s Day) sozinho gerou mais de US$ 24 bilhões em
vendas (National Retail Federation). Para as empresas, essas datas não são apenas eventos no
calendário, são oportunidades de ouro para criar campanhas que ressoem com o público.
4. Individualismo como força motriz
Enquanto no Brasil temos um forte senso coletivo, os americanos valorizam o indivíduo acima
de tudo. Estudos da Pew Research mostram que 89% dos americanos acreditam que o sucesso é
fruto de esforço pessoal. O que isso significa para o seu negócio? Produtos e serviços precisam
ser personalizados, feitos sob medida para o cliente.
Cultura: barreira ou ponte?
No fim, tudo se resume a isso: você está disposto a aprender e respeitar as diferenças culturais?
Empresas que entendem essas nuances não apenas entram no mercado americano — elas
conquistam corações e mentes.
Peter Drucker, um dos maiores nomes da administração, já dizia: “A cultura come a estratégia no
café da manhã.” E ele estava certo. Você pode ter o melhor plano do mundo, mas se ignorar a
cultura, está fadado a tropeçar.
No mercado global, a cultura não é um obstáculo. É a chave para o sucesso