Por Maria E. Voss
O ano virava, e as redes sociais propagavam críticas pesadas ao discurso de fim de mandato do então vice-presidente General Mourão, a quem coube fazer as considerações finais, uma vez que o ex-presidente Bolsonaro seguira viagem para os EUA.
A posse do Governo eleito aconteceu. Sem povo nas ruas, sem alegria, sem rumo.
Um misto de decepção e indignação por parte dos eleitores do governo que se despedia.
O ano findou com parte da população frustrada por ter permanecido cerca de 70 dias nas ruas, clamando por aferição das urnas eletrônicas, entrega do código fonte e, ao mesmo tempo, surda àqueles que sugeriam o retorno da população às suas casas.
Difícil acreditar que aquele Governo, que mesmo na pandemia se ergueu economicamente, não mais estaria à frente da Nação no dia seguinte.
Uma semana depois da posse, no fatídico 08/01/23, ainda em ritmo de fim de ano, famílias remanescentes no acampamento de Brasília dirigiram-se, estimuladas que foram, à Praça dos Três Poderes.
Não poderiam imaginar que se deparariam com a ação de vândalos a sucatear os prédios públicos dos poderes legislativo e judiciário, numa ação totalmente oposta ao que acontecia nos acampamentos em frente a quartéis, onde estiveram por longos dias, de forma pacífica e ordeira.
A depredação de poucos resultou na prisão de mais de mil pessoas, designadas como terroristas, uma vez que lhes imputaram estar agindo de forma a derrubar o Governo recém-eleito.
Até hoje nada foi efetivamente provado em relação aos patriotas.
Esse fato, esse ATO, norteou e maculou todo o ano de 2023. Pessoas perseguidas, caça voraz aos apoiadores do governo anterior, jornalistas, militantes ou mesmo torcedores, foram presos e, se soltos, o foram em liberdade condicionada ao uso de tornozeleiras eletrônicas.
Esse ano ficará marcado pelo susto, medo, indignação, insegurança civil e jurídica, liberdades relativas, verdades relativas, democracia relativa.
Um ano que não gostaríamos de ter vivido para testemunhar.
Nesse interim, no resto do mundo temos conflito na Ucrânia, que ainda persiste, atentado de outubro contra civis em Israel, desencadeando onda de manifestação antissemitismo, em escala inimaginável, acrescente-se ameaça de invasão venezuelana na Guiana, casos e mais casos de efeitos dos imunizantes.
O que se observa é uma grande tentativa de dizimar a sociedade ocidental, atacando-nos por nossa Fé, por nossos mais caros valores, destruindo a infância e pureza de nossas crianças, confundindo nossos jovens em idade tão suscetível à identificação com seus grupos. O intuito é destruir nossos lares, com incentivos e facilidades ao seu desfecho, promoção de crise financeira, tudo com a finalidade de desestruturar as famílias e muitos outros.
Os 10 Mandamentos não são mais respeitados e os 7 Pecados Capitais são usados como iscas de engajamento em redes sociais, enquanto lideranças religiosas abençoam e defendem o que as tradições judaico-cristãs consideram pecado ou crimes contra as leis de Deus, tal como defender criminosos.
Em paralelo, assistimos conservadores se levantando, mesmo que timidamente, em vários países, nos dando um respiro de que podemos ter uma esperança de resgatar nossos valores fundamentais, com novas lideranças como na Argentina, El Salvador e outros.
Encerramos 2023 piores do que saímos de 2022. Sobrevivemos, ainda que assustados, porque a última coisa que morre num temente a Deus é a Fé. Assim, o ânimo (anima = alma), a esperança renasce dentre todas as mazelas dessa Caixa de Pandora aberta em 01/01.
Tal como as bandas de música que iam à frente das campanhas militares nas guerras clássicas, nós, que estamos nas redes sociais, temos que fazer esse papel: sermos instrumentos que impulsionam a população a manter sua Fé, acreditar na sua liberdade e na sua Pátria, que é muito maior do que um território. É um sentimento de pertencimento.
Teremos um ano de 2024 influenciado por eleições de base, como prefeituras e vereadores, enquanto o governo brasileiro caminha com suas pautas pouco conservadoras.
Precisamos todos nos engajarmos, seja nos candidatando a um cargo eletivo, seja participando efetivamente de um Partido Político, seja alistando-nos para mesários ou fiscais partidários quando da próxima eleição. Não menos importante: devemos nos qualificar, estudar e desenvolver pensamento crítico, para que não sejamos joguetes de narrativas.
A ideia é persistir, acreditar, voltar para nosso lar e resgatar nossa família – que é a “célula mãe” da sociedade.
Atentos que estamos numa Guerra Santa, do bem contra o mal, e temos que escolher um lado. Se não temos com e o quê fazer, oremos. O tempo de Deus é perfeito e, mesmo que não possamos ver ou saber como, o certo é que o melhor Dele ainda está por vir.