Por Gabriela Streb
No século XII a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício, denominado “Inquisição” com o objetivo de impedir que pessoas desviadas da Igreja a deixassem.
Um dos episódios mais horríveis da Inquisição foi deflagrado contra as mulheres na literal “Caça às Bruxas”.
Não que homens também não fossem acusados de serem bruxos. Mas foram em bem menor número.
O Papa Inocêncio VIII emitiu uma bula oficial para condenações à prática da feitiçaria. Ou seja, um manual ou código que legitimava os atos dos inquisidores.
De todas as denúncias, 80% eram contra mulheres acusadas de feitiçarias e pacto com o demônio. Mulheres com alguma deficiência física, viúvas, com deformidade ou idade avançada eram acusadas. Mulheres muito bonitas que despertavam desejos não correspondidos à algum homem também estavam nesta lista.
Eventos como pragas e colheitas malsucedidas, esterilidade feminina e impotência masculina eram atribuídas à bruxaria.
O mais esdrúxulo disso tudo eram as provas pelas quais a mulher passava para comprovar que não era bruxa. Pois um mero boato já era prova de suas atividades com o demônio. Então vingança contra esta ou aquela mulher e sua família rolava solta.
Existia o mecanismo de reconhecimento das feiticeiras. A inquisição pesava as bruxas pois eram muito magras e deveriam ser leves. Engraçado que ninguém mencionava que a magreza dessas se dava pela subnutrição e sim pela prática da bruxaria.
As vezes eram amarradas e jogadas em um lago abençoado. Se afundassem eram inocentes se flutuassem, eram culpadas. Marcas no corpo eram sinais de bruxaria tais como pintas, sinais de nascença ou cicatrizes.
O exame era feito em público onde a mulher ficava nua. O inquisidor tirava todos os pelos do corpo dela, raspava sua cabeça e com um instrumento, retirava a pinta ou cicatriz que nã犀利士
o deveria sangrar.
Estima-se que mais de 100 mil mulheres foram executadas pela prática de bruxaria, normalmente queimadas numa fogueira e se confessassem previamente, seriam então estranguladas. Caso as mulheres tivessem bens eles eram confiscados pela Inquisição tornando a instituição cada vez mais rica e forte.
Apenas no século XVIII a caça às bruxas cessou. Pasmem!!!
Incrível como o ser humano não mede esforços para praticar certos atos em nome de uma crença, ideologia ou qualquer outra desculpa esfarrapada. Ao longo da nossa existência se viu e se vê isso. Que bom que a caça às bruxas formalmente não existe mais, talvez algumas situações veladas por aí, mas com bem mais proteção a mulher. Por aqui, bruxas são mais comumente vistas em Halloween e festas à fantasia. Ufa!