Por Vivi Helney
E já começou o frenesi para o carnaval, não é novidade que eu adoro esse período, e nessa loucura de fazer coisas novas, a lindinha aqui estava em um samba e tinha tomado umas e outras e conversando com um diretor de uma escola resolvi compor um samba enredo (adoro novidades e desafios). Resumo da ópera, pega o “tema”, a sinopse do tema e várias indicações. Um pouco de pesquisa, e comecei a escrever… até gostei do que eu tinha escrito, mas mostrando a um amigo, super conhecedor de samba e pesquisador que na sinceridade mais doce, começou a explicar tudo sobre o samba enredo必利勁
, forma, tempo, rima, enfim é bem complicado. Fiquei me achando uma pessoa horrível, arrogante achando que iria pegar minha canetinha e sair um samba sem nem pesquisar direito. Coloquei minha viola no saco, mas não deixei de pensar e haver um olhar maior para o que tem ao meu redor. E como temos essa coisa de saber sempre o que é melhor para a vida do outro! De sermos os melhores técnicos dos nossos times, de dar palpite em o que teria sido melhor em um lance de um jogador, não importa no que, hoje em dia tem sempre aquele “mas “até na comida, a comidinha da vovó não é mais a melhor, tem que colocar um tempero que vem não sei de onde, por que não sei quem falou e é melhor.
Mas continuando a falar porque eu amo esse Rio, ontem eu e minha filha pegamos um taxi e conversando com o taxista, ele com um português maravilhoso, bem falado, descobri que ele é poeta, e escreveu uma música, o nome dele é Paulo Sales, muito bacana. Nós estávamos em um engarrafamento na Av Niemayer o cenário é maravilhoso e esse senhor começou a contar sobre uma poesia que ele escreveu por ficar revoltado sobre uma matéria que saiu no jornal, onde o paulista dizia que o carioca não gostava de trabalhar. Ele recitou a poesia, que uns tempos depois ele conseguiu musicalizar. E foi lindo e divertido. O trânsito andou e chegamos em casa feliz.
A receita de hoje é da casa da minha mãe.
Carne com banana da terra
1 quilo de carne cortada picadinha na ponta da faca.
3 bananas da terra bem maduras (casca preta) cortada em meias rodelas.
4 dentes de alho bem picados
1 cebola pequena bem picada
1 folha de louro
1 colher de sopa bem cheia de tomate concentrado
Refogar o alho e a cebola colocar a folha de louro e a carne. Fritar bem acrescentar o tomate concentrado, pingar água e acrescentar o sal e a banana da terra, tampar a panela e deixar cozinhar por um pouco em fogo lento, mexer, provar colocar e colocar cheiro verde por cima. Servir com arroz branco, salada de tomate e um feijãozinho manteiga.
3 Comentários
Bom dia, amiga não sei o que é melhor a sua estória ou a receita, que dúvida, mas as duas é um doce presente para todos, obrigada.
Oh minha querida, doce é saber que alguém está gostando!!!!
Beijos!!!
Vivi, adorei sua história e a possibilidade de rever o Paulo Salles. Já cantamos juntos num coral mas perdemos contato. Aliás, se você tiver alguma pista que possa nos (um coro) levar a ele, seria ótimo. Há alguns anos, gravamos, em estúdio,uma música dele. Ficamos felizes em saber que ele está bem e ainda fazendo música por ai. Obrigada pela história saborosa e por nos trazer noticias do “Paulinho”. Quanto à receita, vou experimentar!