Por Zelia de Souza
A DIPLOMACIA E OS DIVERSOS CONFLITOS
O mundo está atento aos desdobramentos diários que ocorrem no território da faixa de gaza, onde recentemente se concentrou a maior ofensiva que se produziu contra o Estado de Israel nos últimos tempos. A Repercussão desses atos, que ultrapassaram as fronteiras da diplomacia, está exposta a céu aberto e revela a crueldade da guerra, capaz de chocar, não só pelas consequências contra a vida humana, mais, igualmente, pela capacidade de esgotamento às condições de estabelecer acordos, diálogos, propor soluções, buscar objetivos múltiplos e possibilitar obter graus absolutos de coerência entre variados programas de relações externas. Esse é o resultado prático e devasto que surge da incapacidade de se defender, no âmbito político, dos temas e objetivos que se apoiam contra os interesses de uma nação.
O USO DA DIPLOMACIA
A prática conciliatória da política, que se estabeleceu no mundo contemporâneo, parece não ser mais possível naquela região, onde o terror se instalou e não mais permite a menor receptividade à administração da diplomacia. Na verdade, as maiores nações nos tempos atuais, de modo geral, ao mesmo tempo em que procuram ser altruístas, se utilizam de seus enormes dispositivos militar e melhores recursos orçamentários para se defenderem contra ameaças as suas políticas internas. A política exterior de um país se constitui a partir de um plano criado pelo Chefe de Estado. Para que isso seja possível, seu orçamento fiscal deverá prever a execução de política externa e a criação de rubricas que envolvem essa complexa estrutura, a fim de habilitar a promoção da assistência econômica aos países com os quais há acordos diplomáticos, alimentos para a paz, contribuições a organismos internacionais, onde se discutem os mais variados assuntos de controle populacional, uso pacífico de energia nuclear, direito marítimo internacional, tráfico internacional de entorpecentes, bem como a manutenção da paz, entre outros muitos temas.
O CORPO DIPLOMÁTICO
Ainda há a questão, também complexa, que se molda entorno dos funcionários do serviço diplomático. Treinados para serem negociadores e empenhados em uma forma de corretagem política, além de se coordenarem em equipes técnicas em muitos campos especializados, o papel do serviço diplomático, seu grau de dificuldade e suas especificações, estão ligados, substancialmente, ao tamanho e característica da missão diplomática em que estão inseridos. Esses agentes são capazes de negociarem em certos terrenos especializados, como questões econômicas e financeira e, mesmo em meio às crises crônicas e amaranhado de assuntos e diretrizes políticas e objetivos múltiplos devem tomar decisões que afetam questões de segurança nacional, cooperações técnicas e de ajuda externa, além do papel precípuo de defesa dos interesses de seus países de suas nações.
A DIPLOMACIA DO EXECUTIVO E SEU CONGRESSO
Os complexos temas que envolvem a diplomacia são criados e dependem do ambiante político em que se encontram os Presidentes e Chefes de Estados. Nesse contexto, a autoridade desse tema está muitas vezes compartilhada com o Congresso, no âmbito das relações exteriores e seus sistemas, considerando os atuais conceitos de instituições e regimes democráticos. Em muitos casos, as Casas legislativas são capazes de rejeitar acordos e tratados assinados pelo Executivo em votações por maioria simples. Na verdade, esse Poder, por meio de seus agentes, influencia diretamente para derrotar a ratificação de acordos e convenções negociadas pessoalmente pelo Presidente, enquanto lança reservas e emendas, além de vetos aos atos do Executivo em questões externas. Muitas das decisões relacionadas a dinheiro norteiam as comissões e subcomissões dos Congressos e estão ligadas às pressões políticas, que também se articulam a favor de seus interesses de suas próprias divisões e jurisdição. Questões ligada a ajuda externa, tanto militar como civil, assistência técnica, empréstimo para o exterior, intercâmbio cultural, contribuições para organismos internacionais, entre outros temas, são alguns dos assuntos que sofrem a influência do Congresso na construção da política externa.
CONCLUSÃO
Apesar da complexidade, como disse o político britânico Joseph Austen Chamberlain, “a diplomacia moderna é a arte de conduzir no exterior a política doméstica”. Nesse sentido, a diplomacia constitui-se de ferramenta de grande valia no controle do conflito de interesses ao mesmo tempo em que busca caminhos que possam permitir melhor envolvimento entre os diversos objetivos de governos, na medida em que se coordenam em acordos bilaterais e multilaterais. As previsões das diversas autoridades mundiais não se destacam por acreditar em uma redução nas tensões internacionais, as quais assumem formas diferenciadas ao longo do tempo e pelas especificidades regionais. Apesar disso, creio e recomento sempre ao mundo mais diálogo, que seja capaz de transformar hábitos nacionais de comportamento e gerar capacidade inventiva de administração.