Como optei em não ter filhos a parte de convívio com crianças passei. Tenho apenas uma sobrinha já adulta e dona de seu nariz faz tempo. O que não me impediu de ver a tal série “adolescente” da Netflix.
Cada capítulo tem um enfrentamento. Achei o melhor a avaliação da psicóloga no duelo com o menor. O mais real é a situação caótica da escola.
Em algum lugar não sei qual dia ou ano, nos perdemos totalmente. Talvez a culpa seja da internet, da pressa, do trabalho árduo para ganhar dinheiro e oferecer tudo aquilo que não se teve dos pais.
Mostra a realidade de alunos mal-educados em frente a perguntas dos investigadores com professores, sem constrangimento, gritando tentando organizar o caótico.
Nunca houve tantas oportunidades de conhecimento e na mesma velocidade a falta de qualquer ambição ao aprendizado.
Escola passou a ser parque de diversão com direito a progressão sem saber nada.
Quando fiz o magistério, o método para alfabetização era o da “abelhinha”. Ali a criança saí da primeira série sabendo ler e escrever e só iria para o outro ano mostrando isso.
Já se falava em construtivismo. Partir do interesse da criança. Mas qual interesse ela tem, se nem sabe se precisa se interessar por algo?
Por óbvio, os tempos não admitem mais à palmatória. Mas cabe disciplina, educação, aprendizado e principalmente o respeito a autoridade maior dentro da sala de aula que é o professor.
Aprender nem sempre vai ser divertido, mas sempre há opção: no amor ou na dor, a gente é que escolhe.