Por Gabriela Streb
Em 1997, Guga Kuerten conquistou seu primeiro Grand Slam. O feito heroico confirmou a carreira de diversos títulos e mais dois Roland Garros.
Vendo a simplicidade do título, não se percebe a dedicação solitária neste esporte. Com poucos incentivos, programas, estímulos e patrocínios inexistentes. Nosso continente tem torneios, mas incomparável à Europa e USA e fazer uma rodada nestes circuitos é uma fortuna ao atleta e equipe. Então, é preciso rebolar entre grana, treinamentos e concentração para vencer.
Passados 16 anos da aposentadoria do Guga, num sopro de alegria ao esporte, levando quase o mesmo tempo de hibernação, vem o João Fonseca com 18 anos e já motiva uma nova geração. Durante toda esta semana testou o coração dos amantes desse esporte e daqueles que não compreendem muito, mas sabem quando a bola é dentro ou fora consagrando-se campeão no ATP 250 de Buenos Aires.
Existem outros tenistas brasileiros, mas somos poucos se compararmos com a Argentina, que em 2024 foi eleita como o terceiro país do mundo a ter o maior número de tenistas entre os cem melhores.
Vai fazer 31 anos que perdemos o Senna e tem uma geração que nem sonha quem ele foi. Aposentadorias no futebol ainda trazem inspiração como os Ronaldos. Mas cada vez que se perde um atleta noutra modalidade, parece que o esporte retrocede porque não surge uma continuidade de campeões, como por exemplo Daiane dos Santos, Mayara Aguiar, Cesar Cielo e outros.
Obrigada João por trazer alegria e esperança novamente.