Por Redaçāo
“O tempo é tudo que temos, mas o que menos compreendemos,”diz um filósofo. Gilberto Gonzalez, um argentino que conquistou o território estadunidense e o coração dos colecionadores de relógios brasileiros, é a personificação dessa frase.
O Artista do Timepiece
Em uma era de digitalização, onde o efêmero se tornou a norma, Gilberto é um dos últimos de sua espécie: um relojoeiro que considera cada tic-tac não só um movimento mecânico, mas um batimento da existência. Para ele, cada relógio é uma sinfonia complexa onde cada peça tem seu papel, cada engrenagem sua nota, e cada momento seu valor. Ele é, verdadeiramente, o maestro em seu campo, com mais de 30 anos de serviço na Rolex.
Amor e Legado
Mas seria uma visão limitada considerar Gilberto apenas por sua profissão. A vida lhe deu um relógio com duas mãos de paixão: sua família e sua arte. Viúvo em uma idade jovem, criou seus dois filhos, Cecilia e Esteban, com o mesmo amor e precisão que aplica em seus relógios. Hoje, seu filho Esteban Gonzalez segue o legado do pai e já obteve o certificado de relojoeiro mais importante do mundo.
A Conexão Brasil-Argentina em Miami
A fascinação não é apenas profissional, mas também cultural. Gilberto ama o Brasil e conquistou uma base leal de colecionadores brasileiros que residem ou visitam Miami. Sua habilidade para falar a língua universal do tempo se tornou uma ponte entre latitudes e longitudes, entre o tango e a samba, entre Buenos Aires e Rio de Janeiro.
A Imortalidade do Tempo
Neste mês em que celebramos a herança hispânica, a Florida Review presta homenagem a este artesão do tempo que transcendeu fronteiras e idiomas. Gilberto Gonzalez não é simplesmente um relojoeiro; ele é um filósofo cujo púlpito é sua oficina, um poeta que escreve não com palavras, mas com segundos e minutos.
Neste vasto oceano da existência, Gilberto nos lembra que o tempo é nossa única bússola, e que devemos navegar com a precisão de um mestre relojoeiro. Nesse sentido, ele não apenas marca o tempo, mas também o eterniza, tic-tac a tic-tac.
Com sua vida e arte, Gilberto Gonzalez nos ensina que o tempo não é apenas algo que passa; é algo que se vive, se ama e, acima de tudo, algo que se honra.
Naveguemos, então, no tempo com a mesma paixão e precisão que este mestre argentino. É a forma mais bela de homenagear não apenas o homem, mas a eterna dança do tempo que ele tão habilmente orquestra.