Por Gabriela Streb
Inevitável não escrever sobre seleção brasileira sob o comando do Tite. Passamos quatro anos falando da Copa do Catar e do time que o Brasil iria apresentar. Chegamos como favoritos e isso foi confirmado pelas casas de apostas.
Acreditamos em mais uma estrela na nossa camisa, com a certeza de que somos o melhor país do mundo no futebol. Ledo engano. Outras tantas seleções já nos atropelam tranquilamente.
Sou daquelas que não esquece do momento chorão do capitão Tiago Silva. Jamais poderia ser capitão o sujeito que tem medo de bater pênalti, que não suporta o peso da braçadeira. Nem estou me referindo aos sete a um no vexame Brasil e Alemanha, afinal Tiago Silva não estava naquele jogo.
Refiro-me à falta de voz e pulso na condução de uma equipe. Saudades tuas, Dunga. Talvez seu apelido devesse ser Zangado pela sua postura aguerrida. Saudades do capitão que não baixava a cabeça na defesa da sua equipe. Dunga seria o primeiro a cobrar o pênalti dando o exemplo de força a seus comandados.
A eliminação faz parte do jogo. A derrota é a regra geral. Apenas um time será a exceção traduzida pela palavra campeão.
Duas reflexões sobre nossa eliminação que vieram a mim: a redenção do Felipão, tão mal falado, inclusive pelo atual técnico da seleção, que não abandonou sua equipe nem mesmo depois da surra alemã, e a postura do jogador Pedro que ao bater seu pênalti com convicção e garra, chamou a torcida para vibrar consigo e pelo time. Está aí uma coisa que invejo dos argentinos, todos os jogadores jogam com a torcida, faze犀利士
m ela pulsar dentro do campo como se fosse o décimo segundo jogador. Talvez pela falta de identidade com o Brasil, nossos jogadores esquecem a que país eles pertencem.