Por Maria Emilia Voss,
O brasileiro médio se surpreendeu essa semana com a notícia de que os USA aceitaram o pedido de asilo político impetrado pela juíza brasileira Ludmila Grillo.
Perseguida no Brasil pelas cortes de justiça, foi afastada do cargo e penitenciada com aposentadoria compulsória. Encaminhou-se em 2022 para os USA, com a finalidade de preservar sua integridade física, eis que passou a ser alvo de ameaças no País. Passou a trabalhar por audiências virtuais, conforme lhe confere a lei.
A grande celeuma que envolveu a juíza foi seu posicionamento em relação às Audiências de Custódia, por acreditar não serem legítimas e favorecerem os criminosos. Além disso, criticou atitudes de alguns poderosos que vestiram a carapuça e, na soberania deles, não se pode sequer levantar suspeita sobre o Olimpo.
Ludmila se preparou para o asilo desde então. Levantou provas acerca da perseguição política que vinha sofrendo, desfez-se de seus bens no Brasil, transferiu valores e se estruturou com muita inteligência, mesmo antes de ser aposentada compulsoriamente, antecipando-se às retaliações que poderia vir a sofrer.
Conseguiu o apoio das cortes americanas e teve o aceite do seu pedido de asilo deferido e … caiu no colo do Alex essa dinamite acesa.
Polêmico e inquestionável, detentor de interpretação soberana da Constituição Federal, das leis e de todo trâmite jurídico como nenhum outro, logo após Ludmila jogar no ventilador seu plano, Alex apareceu em inúmeras mídias sociais, sem entregar as provas, expondo o quanto foi vítima de ameaças à sua integridade física, num estilo nababesco das cortes de Luiz XVI, denunciando ter sido ameaçado de enforcamento em praça pública.
A Polícia Federal detectou que se tratavam de inserções nas mídias sociais
Ora, com base na afirmação de Alex, de que ele estaria sendo vítima de um plano contra sua integridade física, o correto seria que ele não atuasse no processo. Segundo o processo jurídico, que acreditamos estar em vigência no País, Alex, na qualidade de parte interessada e vítima, não poderia interferir na condução das apurações.
Da mesma forma, não deveria conduzir o processo em 08 de Janeiro de 2023.
Nessa ocasião, Alex estava em Paris. Talvez daí decorra sua inspiração: criou a Batilhe Nouveaux na Papuda.
Acontece que era preciso ser rápido, vir com um fato novo e mostrar para as cortes internacionais, através das mídias clássicas e globalistas, que comungam sempre da mesma pauta, que Alex seria a Vítima – bem longe de ser aquele que Ludmila acusa nos USA.
Acredito que ele se considera inimputável, uma vez que está à frente do Processo dos Atos Antidemocráticos, como ele chama as prisões de 08/01, porque, afinal, na interpretação do supremo saber, é possível ser vítima, testemunha e juiz do mesmo processo.
Alex tentou fazer sombra nas redes sociais e TVs ao ato importante que Ludmila impetrou e que terá repercussão internacional, exatamente pela gravidade do ato por Alex deferido – qual seja o de censurar uma juíza, trazendo para si o papel de vítima, que cabe notoriamente à corajosa juíza. Fato esse usado como estratégia de esvaziar, diante do mundo boçalizado pelas TVs, que ele é o perseguido por fanáticos que ficaram 70 (setenta) dias nas portas dos quartéis, de forma ordeira e limpa, pedindo exclusivamente a transparência das eleições.
Diga-se de passagem, manifestação essa, prevista na Constituição.
Mas Alex tem uma forma própria e pessoal de interpretá-la. Não nos cabe criticá-lo, pois em seu soberano saber, a ele é permitido firmar seu próprio juízo.
Ludmila volta ao jogo nesse tabuleiro de Damas, iniciando as jogadas desde os USA e podendo fazer um grande estrago à imagem do atual Governo perante os organismos internacionais.
O resultado, mesmo que eu não acredite motivar sanções ou exigências ao Brasil, quiçá peçam uma explicação disso ou daquilo, mas como todo soberano quer ser respeitado, isso será uma pisada em unha encravada do pé desse atual governo, que está a serviço dos globalistas, abrindo as pernas e fronteiras para que consulados estrangeiros, com codinome de organizações internacionais, esses neo-colonizadores, explorem nossas riquezas, nossas florestas e biodiversidades.
A juíza tomou para si uma importante missão. Como asas de passarinho. apagando o fogo da floresta, se tornou a embaixadora dos direitos humanos de todos os brasileiros amordaçados e reprimidos em sua liberdade.
Sabemos que não será fácil, sabemos que várias lideranças no mundo todo estão comprometidas, exatamente por serem os senhores ou beneficiados direta ou indiretamente pelo que nosso País vive hoje
Assim, apesar de todos as ondas adversas, a exemplo de Dolly (Procurando Nemo), Ludmila, “Continue a Nadar”.
Sucesso na dura missão.