Por HAMILTON/GABRIELA
Maria Gecy Guerra,
Para as filhas Enilde e Genilde apenas: Mãe.
Para os sobrinhos: Tia Morena.
Para outros: Mamacita.
Para vários: Dona Maria.
Ficou viúva muito nova com duas filhas pequenas e nunca mais casou.
Morou em Vila Seca, na época distrito de Caxias do Sul, até o final da década de 70 onde foi Escrivã Distrital de Vila Seca e Fazenda Souza por 35 anos.
Após, mudou-se para Porto Alegre para ficar mais perto das filhas que na capital vieram estudar.
Genilde voou o mundo e se estabeleceu como advogada em Miami.
Enilde tornou-se médica e ainda trabalha e reside em Porto Alegre.
Passou às filhas a alegria e desejo de viajar. Aliás, dona de três passaportes. Era cidadã brasileira, americana e italiana. Conheceu boa parte do mundo e sempre dizia: não tem viagem que eu não precise comprar uma sombrinha, esqueci de trazê-la.
Habilidosa na pintura de telas. Vaidosa, com cabelos e maquiagem.
Mesmo com 96 anos não usava óculos e costumava dizer: “quando eu ficar velha talvez vá precisar”.
Nos últimos tempos começou a usar aparelho para audição. Na maioria das vezes esquecia de colocá-lo e as filhas ficam a seu redor: Mãe, colocou o aparelho?
As vezes ela confessava aqueles que estavam por perto: eu finjo não escutar…
Guerra não foi apenas seu sobrenome. Foi a vida inteira uma guerreira defendendo suas filhas e mantendo sua família. Família esta que com o passar dos tempos aumentou de tantos amigos que ela conquistou.