Por Nanda Cattani
Ser mulher é carregar no peito a força de quem nunca desistiu. É herdar a luta silenciosa das que vieram antes, das que rasgaram véus de invisibilidade e abriram caminho para o que hoje chamamos de direitos – mas que antes eram apenas sonhos. Ser mulher é carregar cicatrizes que não aparecem na pele, mas que moldam o mundo.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Florida Review Magazine presta uma homenagem àquelas que fazem a história acontecer – não apenas nas manchetes, mas no cotidiano, nos detalhes invisíveis, nos gestos de resistência que mudam o rumo da humanidade.
Há mais de um século, operárias teciam com sangue e suor o direito de serem ouvidas. As chamas da fábrica têxtil, onde tantas perderam a vida, iluminaram o caminho para que, anos depois, mulheres fossem às ruas exigir respeito, igualdade e espaço. Essas vozes nunca se calaram. Elas ecoam nas conquistas de cada geração: no direito ao voto, à educação, ao trabalho, ao próprio corpo e destino. Mas o grito ainda precisa ser ouvido.
Ser mulher é atravessar o tempo provando que sensibilidade não é fraqueza, que amor e firmeza podem andar juntos, que a delicadeza pode ser tão afiada quanto uma espada. Somos as que desafiam, as que persistem, as que criam. Somos aquelas que equilibram o mundo entre o que é e o que pode ser.
Hoje, celebramos cada mulher que ergue sua voz para reivindicar, que luta por oportunidades, que não se dobra diante das adversidades. Celebramos as que vieram antes e abriram caminho, e as que virão depois para continuar essa eterna revolução.
Que o Dia da Mulher seja mais do que uma data. Que seja um lembrete de que a história ainda está sendo escrita – por mãos femininas, fortes e inabaláveis.
De todas nós, para todas nós.
🖊️ Nanda Cattani – Florida Review Magazine