Por Gabriela Streb
Eleições realmente tiram as pessoas do prumo. Como alguém pensa que vai convencer, o outro lado, de que suas ideias são as corretas, em meio a tanta gente gritan樂威壯
do que a sua opinião é a mais certa do que a outra? Quanta intolerância.
Propaganda política é uma festa. Um balde de absurdos jogados ao vento. Sou meio esquisita em alguns gostos e gosto de ouvir e assistir a programação dos partidos.
Na época de faculdade, tinha um professor de Direito Constitucional, que falava que neste período ele parava o carro, com um bloco, e ficava anotando todos os absurdos falados.
Sigo a regra hoje em dia, não no bloco, mas sim conversando com a SIRI* no meu celular.
Às vezes, ela diz que não me compreende. Eu já a xingo, porque é para ela anotar e não me questionar. Mas como eu, a SIRI também vive no Estado Democrático de Direito e pode questionar.
Não falo apenas nas eleições municipais, aqui no Brasil, mas, também, nas que estão ocorrendo nos USA, que não foge à nossa regra. Fogo e tiroteio para todos os lados. Gente que sai à rua para brigar a soco e pontapés, empurrando goela abaixo suas convicções que, às vezes, nem tão convictas são.
Louvado sistema. O problema nisso tudo, que em sua maioria não se sabe qual é o seu limite frente à opinião do outro, e vai se avançando e avançando, até o tumulto se formar, sob a desculpa do direito à livre expressão.
Difícil é ser coerente em perceber que meu direito também prescinde de um dever: O dever de respeito aos outros. E isso vale também para o outro, ou seja, uma estrada de duas vias: uma que vai e outra que vem.
Aí vai uma dica: a melhor técnica de fazer respostas a quem comenta tuas postagens é dizer: “que bom que vivemos num local onde cada um pode ter a sua opinião, então eu fico com a minha e tua com a tua. E sigamos nossas vidas em paz.”
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We are not the only ones
By Gabriela Streb
advgabrielastreb@gmail.com
Elections get people off their feet. How does anyone think they will convince the other side that their ideas are the right ones, amid so many people shouting that their opinion is more specific than the other? Such intolerance.
Political advertising is a party. A bucket of absurdities thrown in the wind. I am a little weird in some tastes, and I like to listen and watch the party schedule.
In college, there was a professor of Constitutional Law who said that during this period, he would stop the car, with a pad, and write down all the absurdities spoken.
I follow the rule nowadays, not on the block, but talking to SIRI * on my cell phone.
Sometimes she says she doesn’t understand me. I already curse her because it is for her to write down and not question me. But like me, SIRI also lives in the Democratic Rules of Law and can question.
I am not just talking about municipal elections here in Brazil, but also those taking place in the USA, which does not escape our rule. Fire and shooting all over the place. People who go out into the street to fight with punches and kicks, pushing their convictions down the throats that are sometimes not so convinced.
Praised system. The problem in all this, which for the most part is not known what is its limit in the face of the other’s opinion, and goes on and on, until the turmoil forms, under the excuse of the right to free expression.
It is challenging to be consistent in realizing that my right also dispenses with a duty to respect others. This is also true for the other: a two-way road: one going and one coming.
Here is a tip: the best technique for making responses to those who comment on your posts is to say: “it’s good that we live in a place where everyone can have their opinion, so I’ll take mine and yours with yours. And let us continue our lives in peace.”
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