Por Gabriela Streb
A dor física tal qual o soco no rosto, o dente quebrado e o corte de uma cirurgia sabemos qual é. A dor vai passar e os hematomas vão sumir.
Difícil é a dor da alma. Aquela que se instaura decorrente de alguma situação tal qual o estupro. As marcas deixadas na região pélvica vão sumir. Já a dor da lembrança de ser imobilizada, sufocada e violentada, vão perdurar por muito tempo. Essa não tem um limite ou prazo estabelecido.
Infelizmente nesses últimos dias tivemos episódios lamentáveis de violência contra a mulher.
A menina de onze anos estuprada e, infelizmente, grávida. Que azar ter que decidir seu futuro como se não tivesse problema permanecer com um bebê por mais algumas semanas e ajudar a escolher o nome. Pobre menina que poderá ter novo endereço noutro planeta e mesmo assim, será lembrada pela disc威而鋼
ussão que lhe colocaram. Qual será o limite da dor suportada por ela que logo se tornará adulta?
Para a infelicidade de outra moça, também estuprada e grávida. Optou e sustentou este feto por toda gestação para ao cabo dá-lo à adoção. Qual o limite da dor desta moça que teve sua vida exposta de maneira tão agressiva como se tivesse jogado no lixo um feto?
Aguentou no peito e na barriga este bebê que jamais desejou. Não procurou um hospital para fazer o aborto, ainda que amparada pela lei e mesmo assim padeceu no inferno por sua decisão tão séria quanto triste.
Quisera eu entender por que um homem não consegue segurar seu membro dentro das calças e ataca ferozmente uma menina ou mulher para ter este prazer tão efêmero quanto é gozar ao som de tanta dor feminina.