Por Nanda Cattani
Há eventos que transcendem o esporte. O Miami Open é um deles. Não se trata apenas de tênis – é uma celebração do lifestyle sofisticado, da performance atlética e da emoção vivida a cada saque, cada ponto, cada vitória.
Nas quadras impecáveis do Hard Rock Stadium, estrelas consagradas do circuito internacional dividem espaço com novos talentos que fazem seus primeiros passos no cenário global. E, neste ano, o Brasil ganhou ainda mais brilho sob o céu da Flórida.
João Fonseca: a estreia que emocionou
Aos 18 anos, o jovem carioca João Fonseca emocionou o público em sua estreia no Miami Open. Diante do norte-americano Learner Tien, em uma partida vibrante e intensa, Fonseca superou um primeiro set perdido e até mesmo um mal-estar físico no final da partida — que quase o levou a vomitar em quadra — para garantir uma vitória de virada por 6-7(1), 6-3, 6-4.
Com a serenidade de um veterano e a energia de quem ainda está apenas começando, Fonseca mostrou que não está aqui apenas para aprender — está aqui para competir, e vencer. A torcida brasileira, presente em peso, transformou o estádio em território verde e amarelo. Emocionado, o tenista declarou: “Parecia que eu estava no Brasil.”
Agora, ele se prepara para enfrentar o francês Ugo Humbert, atual número 20 do mundo — um teste que pode solidificar ainda mais seu nome entre os grandes desta nova geração.
Do lado feminino, Beatriz Haddad Maia, atual número 1 do Brasil, segue sua trajetória firme no circuito, embora tenha sido surpreendida na segunda rodada pela jovem tcheca Linda Fruhvirtová. Já Luisa Stefani, referência nas duplas, iniciou sua participação ao lado da húngara Tímea Babos com vitória sólida, avançando para a próxima fase e mantendo viva a esperança de título nas duplas femininas.
Muito além do esporte
Fora das quadras, o Miami Open é um espetáculo à parte. Os lounges de marcas de luxo, os espaços gourmet assinados por chefs renomados, a presença de celebridades e influenciadores internacionais: tudo compõe um ambiente onde o tênis encontra a sofisticação.
Para muitos brasileiros — tanto os que vivem na Flórida quanto os que cruzam fronteiras para viver esse momento —, estar no Miami Open é vivenciar uma fusão perfeita entre paixão esportiva e estilo de vida elevado. Um brinde entre amigos entre um set e outro, uma selfie diante do pôr do sol sobre as quadras, o som dos DJs no fim da tarde… Tudo isso faz parte da experiência que vai além do jogo.
O Miami Open segue até o dia 30 de março. E a cada dia, novas histórias nascem: algumas de consagração, outras de descoberta. E no meio delas, um Brasil que brilha — não só pelo talento dos seus atletas, mas pela energia contagiante que traz para um dos torneios mais charmosos do mundo.