Por Kitty Tavares de Melo
Em momentos de conflito, o sono se torna uma mercadoria rara, especialmente para aqueles cujos corações pesam com a dor das vítimas. É difícil fechar os olhos quando sabemos que, em algum lugar, bombas estão caindo sobre vilões e inocentes; crianças são decapitadas, linchadas e apedrejadas por outras crianças, coordenadas por adultos sedentos de sangue. Este é o contexto que nos faz ponderar sobre a raiz de tanta crueldade e o papel crucial da ignorância na perpetuação da violência. Você já sentiu que o mundo está desabando ao seu redor? Nosso sono é interrompido por imagens de crianças assustadas, de famílias separadas por muros de concreto e ideologias intransigentes. Em Israel, os foguetes voam não apenas pelos céus, mas também pelos corações de todos que acreditam em um futuro melhor. Por mais paradoxal que possa parecer, a tecnologia que nos permite ver essas tragédias é a mesma que torna o ato de pressionar um gatilho algo tão distante, tão “fora de vista, fora da mente”. Mas a verdade é que o sofrimento deles é nosso sofrimento; somos um só, e essa é a nossa cruz coletiva a carregar.
A Ignorância e suas Consequências
Quando a ignorância é a ordem do dia, surgem entidades como o Hamas, doutrinando pessoas para uma ideologia de destruição. A ignorância não é apenas a falta de educação formal, mas também a disposição de ser conduzido por opiniões externas sem um pensamento crítico. “Onde a ignorância reina, a perversidade impera,” um provérbio que parece ter sido escrito para os dias de hoje. Grupos extremistas como o Hamas exploram essa ignorância, prendendo mentes jovens em uma armadilha de ódio e preconceito. Essa ignorância não é apenas um vácuo de educação, mas um caldeirão fervente de dogmas e ideologias polarizadoras.
O Esclarecimento como Solução
No momento em que alcançamos o esclarecimento, percebemos que não somos apenas indivíduos isolados; somos, na verdade, partes de um todo interconectado. Cada ato de violência contra qualquer forma de vida é, essencialmente, um ato de violência contra nós mesmos. Imaginem um mundo onde cada um de nós percebesse que somos mais do que apenas habitantes solitários de uma rocha flutuante no espaço; somos o universo se percebendo. Como diria Carl Sagan, somos feitos do pó das estrelas. Isso é corroborado pelo conceito místico de “YHWH” em nosso DNA, um lembrete codificado de que estamos todos conectados. Nessa visão, cada tiro disparado, cada bomba lançada, é uma cicatriz em nosso próprio ser.
A Importância da Educação
E aqui chegamos à solução: É aqui que a educação entra, não como um mero sistema de transmissão de informações, mas como um farol de esperança, um catalisador para a liberdade pessoal e o pensamento independente. É hora de perguntar; quantos laureados com o Prêmio Nobel emergiram de terras que valorizam a educação acima da doutrina? Uma educação que preze pela liberdade de pensamento e não pela doutrinação. Um sistema onde as perguntas são mais valorizadas do que as respostas prontas. A paz só será possível quando priorizarmos a educação. A educação em Israel é exemplar, com um número alto de prêmios Nobel, Israel sempre clamou pela paz. No entanto, o que adianta um oásis de educação e entendimento quando está cercado por desertos de ignorância?
O Dilema da Autodefesa
É verdade que, às vezes, a violência parece ser a única opção de defesa. Se alguém aponta uma arma para você, o instinto de sobrevivência diz para atacar primeiro. Mas essa é uma solução a curto prazo para um problema muito maior. A verdadeira solução está na remoção das causas subjacentes que levam à necessidade de autodefesa em primeiro lugar. Quem entre nós, se ameaçado, não lutaria para proteger a si mesmo e aos seus entes queridos? É um instinto tão antigo quanto o tempo. Mas quando o pó baixa e as cinzas se acomodam, precisamos nos perguntar; “A que custo? A solução não é mais armas, mais muros, mais divisão; é a remoção das causas subjacentes desses conflitos”. Exemplo, o povo japonês é conhecido hoje por sua educação e pacifismo, uma transformação marcante após as atrocidades da Segunda Guerra Mundial. A experiência devastadora da bomba atômica gerou uma valorização intensa da vida em um todo, valorizando a educação e cuidado com o entorno, tornando-os modelos de civilidade.
Conclusão
O mundo só conhecerá a paz quando compreendermos que somos um só corpo no universo, que a educação é a chave para o esclarecimento e que a compaixão deve ser a base de todas as nossas ações. Enquanto tivermos sistemas educacionais que priorizam a doutrinação ao pensamento crítico, estaremos perpetuando um ciclo de violência e ignorância. É hora de pensar nisso e agir. Ao entendermos que somos todos partes de um único organismo cósmico, percebemos que machucar o outro é machucar a nós mesmos. A ignorância pode ser combatida, e a chave para isso é a educação que valoriza o pensamento livre e crítico. O caminho para a paz verdadeira é árduo e cheio de percalços, mas ele existe. E esse caminho começa com cada um de nós, em nossas casas, em nossas escolas, em nossas comunidades. Se pudermos substituir a ignorância pela educação, o ódio pelo amor e o medo pela compreensão, quem sabe que milagres poderemos alcançar? Enquanto navegamos pelas águas tumultuadas deste mundo em constante mudança, com suas dores e alegrias, injustiças e belezas, vale lembrar que o nosso verdadeiro norte é a sabedoria. Essa sabedoria não se obtém apenas por meio de livros ou discursos, mas através do humano ato de empatia, do esforço consciente para compreender o outro, e do eterno questionamento que nos permite crescer. Esta é a jornada em que cada batida de nosso coração conta, onde cada momento é uma oportunidade para se rebelar contra a ignorância e acender a chama do conhecimento. Que nos esforcemos para ser guerreiros pacíficos, armados com amor e razão, sabendo que a única batalha que realmente importa é a que ocorre dentro de cada um de nós: um conflito não entre nações ou tribos, mas entre o que poderíamos ser e o que escolhemos ser. E nessa escolha, reside a nossa humanidade.
Então, da próxima vez que você se deparar com notícias de conflito e violência, lembre-se: a única batalha que vale a pena lutar é a batalha contra a ignorância. E essa é uma batalha que todos nós podemos, e devemos, vencer.