Por Kitty Tavares de Melo
Muita gente me escreveu contando, da infância, e adolescência, e eu fiquei feliz por isso, onde fizeram máscaras com mel para acabar com cravos e espinhas, e tantas outras coisas, e nesse âmbito da pele tem de tudo, até passar coca cola para bronzear, lavar com limão e açúcar cristal para fazer peeling, aí eu paro e penso: mas limão não mancha a pele? Banho de vinho tinto, sim, ficar na banheira ao molho no vinho. Já escutei falar muito em t必利勁
omar banho de champanhe, mas tudo bem, onde tem gosto não se discute. E do vinho nasceram milhares de produtos, shampoo, sabonete, cremes e por aí vai. E comecei a observar mais ainda a onde entravam os alimentos, e me diverti muito com as expressões idiomáticas… como: aquele confunde tudo, até focinho de porco com tomada, até alhos com bugalhos, e os adjetivos comparativos? Faz mais que xuxu na serra…isso vai dar caldo, panela velha é que faz comida boa, tão doce como doce de batata doce, ela pisou na jaca, ou está pisando em ovos…. enfim o alimento entra sempre na nossa vida…e a arte de alimentar, nutrir alguém não é para qualquer um, é para quem gosta da transformação, os japoneses dizem que começamos a nos alimentar com os olhos, os nutricionistas que nossos pratos devem ser coloridos. Já vi comida afrodisíaca, comida para os signos, comidas magicas, comidas para os diferentes tipos sanguíneos.
E com a globalização a comida virou motivo para viajar, virou moda e curiosidade…a última que eu fui provei um fungo que dá no milho chamado aqui no Brasil de “carvão do milho”, e conhecido no México ,onde eles cozinham esse fungo, de Huitlacoche, que por sinal é muito gostoso. E o alimento virou poesia…
“Felicidade se acha é em horinhas de descuido “
Guimarães Rosa
No aroma do café fresquinho
Na manteiga que derrete no pão
No cheiro de mato molhado
Na ducha fresca, no verão
Andando descalço pelo chão
No céu, num dia ensolarado
No beijo do namorado
Vendo estrelas, na madrugada
Na gargalhada da amiga
Numa chuva inesperada
Reunindo a filharada
Relembrando uma cantiga
No álbum, na foto antiga
Na praia, olhando o mar
No sofá, livro na mão
Ouvindo passarinho cantar
Pondo bolo para assar
Cantando uma canção
No silêncio da meditação
Ao fim da ginástica ou da corrida
Na mesa posta com carinho
Na casa organizada e florida
No abraço da pessoa querida
Na taça de um bom vinho
No aroma do café fresquinho
Na manteiga que derrete no pão
Basta apenas perceber
Em cada pequena ação
Tem uma diferente emoção
Tem uma pontinha de prazer
São momentos como esses que nos deparamos com ela
A felicidade!
A receita de hoje é pancake
1 ovo
½ xicara de leite
1 xicara de farinha de trigo
2 colheres de sopa de açúcar
½ colher de sal
2 colheres de cha de fermento
1 colher de sopa de manteiga.
Bata o ovo por alguns minutos, depois acrescente os outros ingredientes até virar uma massa homogênea, deixar repousar por um pouco.
Aquecer uma frigideira antiaderente, (fogo médio) colocar uma colher de sopa da massa no centro, sem espalhar.
Espere a massa fazer bolinhas e ir soltando as bordas aos poucos, virar os pancakes do outro lado para dourar.
O pancake está pronto, é só aproveitar…
Faça em um domingo de manhã, a casa vai perfumar e as crianças vão adorar.
Prepare calda de chocolate, ou mel para colocar em cima.
4 Comentários
Adorei e parei pra pensar . Como a comida tem um lugar de destaque nas nossas vidas.
Parabéns Viviane que texto gostoso
Ahhhh que delicia!! e ainda invocou Guimaraes Rosa! Você sabe tudo Chef Vivi, de comida e de viver!! <3
Adorei a história Vivi
É assim mesmo super relembrar .
O ou pancake vou provar fazer. Bjos
Show! Parabéns! Esse texto do Guimarães tem tudo q eu gosto!