Por Claudia Zogheib
Em algum momento de nossa existência sentimos a necessidade de conversar com alguém, iniciar um tratamento, por muitas vezes não estarmos dando conta das intempéries da vida. Existem muitas abordagens dentro da psicologia, a psicanálise é uma delas.
O nome Psicanálise foi dado por Sigmund Freud, considerado o pai da “Psicanálise”, e envolve um método, técnica e teoria que visam possibilitar um desenvolvimento mental profundo e satisfatório. Foi Freud que d威而鋼
escobriu a existência e a força daquilo que não sabemos de nós mesmos, mas que reproduzimos o tempo todo em nossa vida cotidiana. O inconsciente carrega quase toda a nossa estrutura individual, e enquanto não o acessamos, não conseguimos mudar nossa maneira de ser e viver: enquanto não adentramos sua profundidade, repetimos os mesmos “defeitos”, muitas vezes sem que possamos nos dar conta.
Na psicanálise não somente percebemos, como revivemos a nossa própria história, e isto torna possível a investigação de fenômenos mentais, que ao serem percebidos e vivenciados, nos dá a possibilidade de termos o que realmente interessa: qualidade de vida, um olhar verdadeiro e límpido para o outro, vivências mais compatíveis com o nosso projeto inicial enquanto seres humanos.
Ninguém deve forçar ninguém a se tratar, e nenhum tratamento curto consegue penetrar as camadas mais profundas do nosso inconsciente. É necessário que a pessoa sinta que ela precisa, tenha coragem para se enfrentar, para ir em busca do desconhecido.
A instalação dos problemas que carregamos estão conosco há bastante tempo, e neste sentido, o trabalho da dupla (psicanalista e paciente) deve ter seriedade, sigilo, consistência, persistência, para que desta maneira o paciente se beneficie do método de trabalho da psicanálise, pois sem esta percepção, não há garantia de um trabalho possível.
O conhecimento de si é o único caminho que nos possibilita um desenvolvimento pessoal profundo. No mais, se questões narcísicas impedem o ser humano de se beneficiar do que ele próprio criou, não terá jeito, ele terá que arcar com a dor do que isto significa.
E como dizia Freud: “As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem da pior forma adiante”.
Em tempo, este texto foi escrito ao som da música “La Forza Della Vita” de Renato Russo.