Por Richard W. Sanchez
A Bíblia nos ensina no livro de Mateus 5:37 que seja o nosso falar: sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna.
Porque estamos escrevendo isso?
O que tem haver entre o que falamos, da maneira que nos expressamos com o comércio com os Estados Unidos?
Porque aquele que quer fazer negócio com o mercado americano, tem que ser objetivo e se esforçar ao máximo, não queremos usar a palavra honrar para não ficar pesado, para fazer o que diz que vai fazer. Seja retornar um email, seja retornar uma ligação como muitos se comprometem, e nada fazem.
Como em um artigo polêmico por nós publicado no nosso blog Direto dos USA em agosto de 2009, chamado You Got Email, sim, em 2009, e parece que piorou, mas isso fica para uma outra matéria, a cultura americana, não latina, tem praticamente tolerância zero para esse tipo de postura.
Seja um telefonema não devolvido em que a parte diz ou promete que vai ligar e não liga, ou email não respondido que a parte diz ou promete que vai responder e não responde, nós brasileiros que muitas vezes estamos no meio da negociação e assumimos compromissos junto as empresas americanas, ficamos em uma situação complicadíssima.
É sabido que quanto maior a transação, menor a tolerância por parte dos americanos porque a imagem começa a ficar arranhada e a confiança comprometida.
Será esse comportamento uma influência negativa dos políticos brasileiros junto a essa geração onde muitos viraram empresários?
O empresário brasileiro que quer comercializar com os States, não responder um e-mail ou dois, um telefonema ou dois até entendemos, mas três ou quatro, com toda a facilidade de comunicação que existe hoje, deixamos a imaginação de você leitor à vontade; afinal brasileiro é tido como muito criativo.
Vamos reverter a experiência. Se você fosse tentando fazer um negócio grande, nos ligasse três ou quatro vezes, e não retornássemos a ligação? Ou prometêssemos? Déssemos a palavra sobre o telefonema ou email? Marcasse dia e hora e não ligássemos? Como se sentiria?
Talvez devido a cultura brasileira conviver mais com isso, basta ver quem elege para o governo, consegue administrar mais esse tipo de postura mas não os americanos, principalmente os que não estão muito ligados na cultura latina.
Mais uma vez, a tolerância é zero e muitos negócios são perdidos e desestimulados pelos possíveis compradores americanos simplesmente por não compactuarem com esse tipo de postura e atendimento. Choque cultural? Quem tem que ceder? Quem compra ou quem vende? Quem está certo ou errado nessa relação?
Mas onde entra Mateus 5:37 nisso tudo? Nas desculpas que se seguem…de um modo geral são desastrosas. Sem querer espiritualizar mais ainda o texto, como se diz no próprio livro de Mateus, nada há de escondido que não venha ser revelado.
Como bem sabemos, a verdade pode ser evitada mas não negada!
Não seria mais fácil fazer o que se diz ou que se compromete a fazer? Onde está a dificuldade de não fazer?