Por Richard W. Sanchez
Se você é um fabricante, produtor ou empresário no Brasil em qualquer capacidade, já exportando ou não, já deve ter visto ou se perguntado como podem os chinêses serem tão agressivos.
Caso você ja fosse um adoslescente ou adulto na década de 70 ou 80, você deve lembrar claramente como era a China, e principalmente seus produtos naquela época.
Como pode em décadas tomar a liderança mundial, tornando se uma potência, ameaçando até mesmo a soberania bélica e econômica dos Estados Unidos.
O que aconteceu? O que fizeram e ainda fazem? Por que?
Sem querer entrar de maneira profunda no assunto geopolítico, mas sim mercadológico, primeiro eles fizeram uma estratégia para longo prazo, coisa que o brasileiro não faz; onde o país como um todo assumiu um compromisso.
Segundo, se comprometeram a estudar e estudar muito; investindo tempo, esforço e também dinheiro, coisa que sabemos também que é contrário a cultura brasileira.
A saber, desde o governo Jimmy Carter com o passar do tempo, centenas de milhares de jovens chineses foram lotando as universidades americanas anualmente. Detalhe: ainda continuam.
Até onde eu sei, a maioria esmagadora voltou para a China, aplicando tudo que aprendeu de ciência, tecnologia, negócios, marketing e vendas, dentre outras áreas em solo americano, para competir não só com os Estados Unidos mas com o resto do mundo. Isso aconteceu com os brasileiros? Claro que não!
E no aspecto mercadológico. Por que o acrônimo R.E.I.?
Você comparando com a explanação acima, confirmará que tem uma certa ligação devido ao aprendizado.
Letra R. Rápido em responder.
Eles aprenderam a máxima que você já deve ter escutado. Tempo é dinheiro. Time is money.
Esse respeito ao tempo dos outros, encanta o comércio internacional.
Você já reparou como de um modo geral o brasileiro abre um email? Ou responde qualquer mensagem quando não responde de imediato?
Desculpe a demora…e segue com uma justificativa que era melhor não escrever nada.
O brasileiro de um modo geral, desacelera depois do almoço, desacelera quando está chegando final do dia, para feriado, festas de final de ano só voltando depois do Carnaval!
Se considerarmos essas ‘paradas culturais”, podemos arriscar que dos 12 meses do ano, quatro meses são perdidos. Concorda? Ou a minha matemática está errada?
Quando você faz negócio com a China, não que eles sejam perfeitos, longe disso, mas em termo de perfomance, eles seguem a máxima R.E.I.
Letra E. Ele enviam.
Você já reparou que parece que para onde você olha hoje em dia, viaja a negócios, você encontra vários chineses.
Particularmente, acho isso fantástico.
Letra I. Eles investem.
Eles investem e investem muito. Investem em estudos, pesquisas, tecnologia, viagem, promoção, investem em tudo que venha colocar eles na ponta do comércio internacional.
No meu entender, atendendo brasileiro desde 1991 que quer internacionalizar para os Estados Unidos, dentre vários motivos, ouso a dizer que o exportador chinês é R.E.I. no comércio internacional e o exportador brasileiro não é, por causa desses três fatores.
A pergunta é por que o Brasil ou o brasileiro não faz isso? O que o exportador brasileiro está esperando para tirar vantagem desse momento ímpar que o Brasil está vivendo no comércio internacional?
1 comentário
Interessante o acrônomo e sua devida explicação…