Por Gabriela Streb
Na última semana tive a infeliz prova de que as redes sociais podem ser devastadoras na vida das pessoas quando usadas para o mal.
Criar um perfil é barbada. Não necessariamente precisa ser verdadeiro, posso dizer que sou homem, solteiro e com 25 anos e passo a existir, mas de fato não existo.
Apareço na tela do computador e ninguém me encontra estando atrás de um teclado livre, leve e solta.
Ofender nas redes sociais é muito tranquilo porque quase sempre não dá nada ou se dá é uma indenização que nem sempre atinge sua função coercitiva.
No caso de minha amiga não foi um perfil fake. Um sujeito pegou sua foto e publicou com um texto lhe chamando de mal caráter e burra. Fez isso em reprimenda a uma notícia que ela trouxe pois trabalha em um veículo de comunicação. Marcou mais 27 pessoas e a mensagem foi se espraiando.
Além da publicação ofensiva, vários comentários jocosos foram feitos. Essa amiga nunca viu ou contatou com esse sujeito.
Recorrer ao Judiciário para frear esse tipo de situação é uma possibilidade, mas depois que foi espalhada pouco se consegue corrigir, ainda mais quando quem propaga não tem qualquer medo ou respeito por aquele Poder.
Em ironia, o órgão mais sensível do corpo humano é o bolso. Isso nas pessoas que têm o discernimento de que pode haver alguma perda. O problema é quando estamos diante de um imortal, como diria um professor da faculdade, aquele que não tem onde cair morto. Esse pouco, ou nada, tem a perder e não está nem aí se for condenado.
Não é que pessoas do mal sejam maioria, elas apenas às vezes falam mais alto dando esta impressão, a maioria, na verdade, são pessoas do bem e como tal, precisam ter voz mais forte.