O circuito das Américas, que é o nome da pista de Austin, recebe a fórmula 1 pela nona vez. Ele foi projetado por Hermann Tilke, mas assim como a de Istambul, esta é uma pista em que o arquiteto alemão acertou a mão. Porque teve espaço para criar um traçado longo e desafiador.
São 5.513 metros, 20 curvas, e também longas retas. Trechos elevados e duas zonas de ativação da asa móvel. Tudo no sentido anti-horário. Portanto, quatro das seis corridas que faltam para terminar o campeonato serão disputadas no sentido anti-horário. Além de Austin, também em Interlagos, Jeddah, na Arábia Saudita, e Yas Marina, em Abu Dhabi.
Austin é o primeiro circuito norte-americano construído especialmente para receber a fórmula 1. É uma pista com as curvas que favorecem o carro da Red Bull, mas também existem as retas que tanto agradam pilotos e engenheiros da Mercedes AMG Petronas.
Das oito edições do GP em Austin, o maior vencedor foi Lewis Hamilton. Ele ganhou cinco vezes, incluindo na estreia do circuito em 2012, quando conquistou sua última vitória pela McLaren. E foi ali também que ele conquistou o 犀利士
seu sexto titulo mundial em 2019, numa corrida vencida por Bottas. portanto, a Mercedes tem cinco vitórias. A Red Bull só venceu uma vez. E foi ainda com Sebastian Vettel, em 2013.
A fórmula 1 sempre se preocupou em conquistar a admiração dos norte-americanos. O país chegou a ter dois GPs por ano durante muitos anos. e em 1982 teve três. Em 59 corridas, 21 foram disputadas em circuitos de rua, que os americanos adoram. Só em Long Beach aconteceram oito. Detroit teve sete. Phoenix, três. uma em Dallas, e duas vezes o GP chegou a ser disputado em um circuito cercado por barreiras de concreto em uma área de estacionamento do hotel Ceasar´s Palace em las vegas. Foi ali, em 1981, que Nelson Piquet conquistou o primeiro de seus três titulos mundiais.
Dos circuitos permanentes, o mais importante foi Watkins Glen, no estado de Nova York. E ali também o brasil fez história. foi o local da primeira vitória brasileira, em 1970, com Emerson Fittipaldi na Lotus que ainda era vermelha, antes de se tornar preta e dourada …. Esta vitória de Emerson garantiu o título mundial ao austriaco Jochen Rindt, seu companheiro de equipe, que havia morrido duas etapas antes, em Monza. E quatro anos depois, em 1974, Emerson conquistaria o bicampeonato mundial, já pela McLaren, na pista americana.
Antes dos vinte anos de Watkins Glen, os dois primeiros GPs americanos foram disputados em Sebring e Riverside, dois famosos templos do automobilismo. Em 1959, em Sebring, estado da Florida, venceu Bruce McLaren. Em 1960 na pista de Riverside, na california, a vitória foi de Stirling Moss.
Em 76 aconteceu a estreia do circuito de rua de Long Beach e este também é um GP que deixou uma marca especial no automobilismo brasileiro por ter sido o local da primeira vitória de Nelson Piquet, em 1980. Foi o fim de um jejum de cinco anos sem vitorias do Brasil no Mundial.
Em 2000 os americanos criaram junto com Bernie Ecclestone, que era então o comandante da fórmula 1, um GP em Indianápolis, a pista com o oval mais famoso do mundo, onde são disputadas as 500 milhas desde 1911. Mas para receber a formula 1, Indianápolis teve que construir um circuito misto, que usava apenas a reta principal do famoso oval, mas percorrida no sentido contrário ao da fórmula indy.
A ideia deu certo, e o grande prêmio permaneceu oito anos em Indianápolis. mesmo tendo passado ali por uma crise histórica. Em 2005, no auge da guerra entre duas marcas de pneus, a Bridgestone e a Michelin, e por causa de um grave acidente com Ralf Schumacher, as sete equipes que corriam com Michelin foram aconselhadas pela própria fabricante a não participar da prova. Com isso o grid teve apenas seis carros, das três equipes que defendiam a Bridgestone: Ferrari, Jordan e Minardi que correram, claro, sob vaias da torcida.
Nesse dia Michael Schumacher conseguiu uma de suas cinco vitorias nos eua. Rubinho Barrichello venceu a edição de 2002 que ficou marcada, nos registros da fórmula 1, como a chegada mais apertada da história: apenas 11 milésimos de segundo de vantagem sobre Schumacher.
Aqui vale chamar a atenção para as onze edições das 500 milhas de Indianápolis, que fizeram parte do calendário da fórmula 1, de 1950 a 1960. Mas isso só aconteceu porque a fórmula 1 precisava de uma prova no continente norte-americano para ter seu campeonato reconhecido como Mundial. só que as equipes de formula 1 não participavam, porque os seus carros não foram projetados para circuitos ovais. A prova, disputada apenas por pilotos americanos, não tinha o nome de GP dos Estados Unidos.
Depois que as 500 milhas já tinham deixado de fazer parte do mundial, a Lotus topou a aventura de desenhar um carro para o oval de Indianápolis. Foi lá e venceu duas vezes seguidas. Com Jim Clark em 65 e Graham Hill, em 66.
Em Detroit o Brasil venceu quatro das sete edições disputadas na conhecida capital do automóvel. uma com Nelson Piquet em 84, e três com Ayrton Senna em 86, 87 e 88. A primeira delas entrou para história pela atitude de Ayrton. No dia anterior o Brasil havia sido eliminado pela França, nos pênaltis, na Copa do Mundo do México. Ao derrotar na pista dois franceses – Jacques Lafitte e Alain Prost – Senna resolveu empunhar a bandeira brasileira, que ele recebeu das mãos de um torcedor, durante toda a volta de comemoração. foi esta a primeira vez de um gesto que se tornou uma das marcas registradas em toda sua carreira.
O circuito de rua de Phoenix, no Arizona, recebeu três edições do GP dos estados unidos, entre 1989 e 1991, sempre com vitórias da McLaren. primeiro com Prost em 1989, e nas duas outras com Ayrton Senna.
Antes de Austin, a fórmula 1 já tinha passado pelo Texas. Na cidade de Dallas foi disputado apenas um GP, em 84. numa pista montada no Fair Park, em volta do Cotton Bowl, um estádio local de baseball. Sob um calor de 35 graus à sombra e 66 na pista, o asfalto se soltava com a passagem dos carros e a corrida, programada para ter 78 voltas, acabou sendo encurtada para 68 a pedido dos pilotos. A vitória foi de Keke Rosberg, mas a imagem mais famosa do dia ficou sendo a de Nigel Mansell tentando empurrar a Lotus, que parou a poucos metros da linha de chegada. Ele não conseguiu e, exausto, caiu desmaiado. Mas como apenas oito pilotos terminaram a corrida, mesmo sem ter completado, ele ainda se classificou em sexto, três voltas atrás do lider.
Em 2022, os Estados Unidos ganham mais um GP, o de Miami, que vinha sendo anunciado há três anos, e finalmente foi confirmado para o dia 8 de maio. O outro será o de Austin no segundo semestre. O interesse pelo mercado norte-americano é ainda maior e existe ainda um projeto antigo de se levar a formula 1 a Nova York – um GP de Manhattan.
Sem contar as onze edições das 500 milhas de Indianápolis, os Estados Unidos receberam 59 corridas de fórmula 1. Tudo isso em onze circuitos diferentes.
Austin é uma cidade vibrante. Com 800 mil habitantes, a capital do Texas traz uma parte mais antiga, típica da pequena cidade fundada em 1839 às margens do rio Colorado, região que tantas vezes vimos nos filmes de faroeste, e tem a parte moderna, cosmopolita.
A culinária vai muito além dos tradicionais hambúrgueres e hot dogs. Existem os bolinhos de caranguejo, os famosos crabcakes, comida de rua de todas as culturas possíveis – principalmente mexicana e as churrascarias, dezenas delas, servindo a famosa carne texana.
O campeonato segue pegando fogo. O momento favorece Verstappen, que assumiu de novo a liderança, agora com seis pontos de vantagem sobre Hamilton e faltando apenas seis corridas.
Valteri Bottas, com a vitória na Turquia, chega a 177 pontos, e parece mais aliviado, agora com a vantagem de 32 em cima de Lando Norris.
No campeonato de Construtores, a Mercedes AMG Petronas aumentou em mais três pontos a vantagem sobre a Red Bull. Agora já são 36 de diferença.
A briga pelo terceiro lugar volta a esquentar. a Ferrari chegou mais perto da McLaren. A diferença caiu para 7 pontos e meio.
Atenção para os horários do fim de semana, é tudo bem diferente do que estamos acostumados. Desta vez tudo acontece à tarde no horário de Brasília. Bom que ninguém vai precisar madrugar.
O Bandsports mostra os treinos de sexta-feira, com a primeira sessão logo depois do almoço, uma e meia da tarde e a segunda, às cinco.
No sábado, o último treino livre começa às três da tarde, e a classificação você acompanha já na tela da Band, e também do Bandsports às seis da tarde.
No domingo, a largada acontece às quatro da tarde. Lembrando que para quem está nos EUA existe a opção de assistir a tudo com o áudio da equipe da Band em português através do app F1 TV.
Na segunda-feira tem o “Batendo Roda”, comigo e com Rubinho Barrichello no Instagram. Está marcado para as seis da tarde. Se houver mudança, eu aviso lá no @regileme.
É isso, meus amigos. Agradeço mais uma vez, e de coração, a todos vocês que me ajudaram a alcançar a marca de 100 mil inscritos no meu canal do YouTube . E vamos continuar subindo. Agora é torcer por mais uma corrida emocionante deste campeonato espetacular.
Gratidão a todos e até a próxima.