Por Gabriela Streb
Não querendo dar palpite em matéria que eu pouco ou nada conheço afinal, o especialista neste assunto aqui na revista é o Reginaldo Leme, acabei vendo sem querer o filme Rush que con樂威壯
ta a história do Niki Lauda no ano de 1976, ano em que ele sofreu o acidente.
Depois de um domingo de excessos gastronômicos, resolvi dar uma corridinha na esteira da academia do prédio e gosto de ver televisão para me distrair. Coloquei os fones com minha playlist e fico olhando a TV, não escutando a TV. Na academia não tem canais a cabo e acabei num canal aberto vendo o tal filme que já estava pela metade.
É impressionante a determinação de certas pessoas. Não é em vão que são ídolos, ultrapassam a vida comum do ser humano, transformando-se em verdadeiros super-heróis. Lauda foi exatamente isso. Obstinado e dedicado. No mesmo ano que sofreu o acidente em que queimou parte de seu corpo, retornou as pistas, sobrepujando seus medos e dores físicas.
Em 1991 estive no Grande Prémio do Brasil de Interlagos em que o Senna ganhou a corrida apenas com a sexta marcha no seu carro. Logo na largada o câmbio quebrou e Senna não parou.
Lembro vendo da arquibancada que Nigel Mansel se aproximava a cada volta de Senna que na época era seu adversário direto.
Quando Mansel saiu da corrida porque seu carro quebrou, caminhou até os boxes e foi para a torcida abanando e nos aplaudindo com um enorme sorriso em demonstração de respeito ao público.
Aquele dia era de sol e chuva, uma confusão para os pilotos e Senna ganhou. Nem conseguiu sair do carro de tão cansado. No pódio foi muito difícil levantar o troféu e acabou sentado. Poucas vezes senti uma emoção tão grande de felicidade vendo aquela vitória ao vivo e em cores.