Por Gabriela Streb
Estava eufórica nas últimas semanas escrevendo sobre o tênis brasileiro daí me deparo com a cena lamentável no tênis feminino.
Emma Raducanu, tenista britânica que ganhou notoriedade quando venceu o US Open de 2021. Na terça feira última, durante o WTA de Dubai, paralisou o jogo chorando muito, reconhecendo nas primeiras fileiras o Stalker que já estava a importunando desde o dia anterior.
Isso naquele torneio porque o sujeito já estaria a perseguindo desde Cingapura, Abu Dhabi, Doha e agora Dubai. Ou seja, por todo o circuito do tênis feminino que nesta época está por aquelas bandas.
Dizem os mais próximos que pensaram tratar-se de um fã, porém foi tomando proporções que a levaram a crise dentro da quadra. No dia anterior ele se aproveitou quando outras pessoas estavam tirando selfies e chegou de forma abusiva.
Skalker é quem persegue alguém de forma obsessiva, repetitiva e intimidatória, podendo ser cometido de forma presencial ou on line.
Toda mulher sabe e prescinde quando o limite é avançado sem consentimento. E isso se dá de forma velada, sem alarmes, discretamente. Mas há o sentido feminino que percebe e talvez essa seja a dificuldade de outras pessoas acreditarem e perceberem a gravidade.
Uma amiga jornalista comentou que passou por isso. Um sujeito quando ela menos esperava aparecia nos lugares em que ela estava. Acabou como prudência, nunca mais postando em suas redes sociais o “on line”, sempre esperava para sair do local para daí publicar. Já é uma dica.
