Por Letícia Brunello
Acredito que a palavra Champagne carrega um sentido sofisticado e cheio de elegância. Muitas vezes escutamos pessoas se referindo a todos os tipos de vinhos espumantes à champagnes, como se assim o fossem. Trata-se, como disse, de uma questão de hábito.
A história por trás do nome Champanhe é fascinante, e eu quero compartilhar com você, leitor.
Isso vai nos levar para uma viagem no tempo, mais de 300 anos atrás, na região chamada Champagne, na França. Naquela época, era comum acontecer a produção de vinhos em casa até mesmo como fonte de renda para os Produtores locais.
A história nos conta que um morador daquela região, o monge Dom Pérignon (1638-1715), que era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims na França, teria sido o maior responsável pela criação do Champagne. A lenda diz que Dom Pérignon estava cuidando de uma produção de vinhos, já engarrafados, quando acidentalmente uma das garrafas teria explodido.
O monge teria degustado o líquido que saíra da garrafa, e então dito a famosa expressão “Estou bebendo estrelas”.
A partir daí se entendeu o processo de fermentação que pode ocorrer dentro da garrafa, ou seja, a segunda fermentação do vinho que resulta na criação de gás carbônico: as bolhas!
Outra contribuição notável atribuída a Dom Pérignon é a de que ele foi o primeiro produtor a elaborar um vinho branco a partir de casta tinta. Percebeu que se tirasse rapidamente as cascas, o mosto não tingia. Hoje conhecemos esse processo por Blanc de Noirs. Com certeza podemos afirmar que ele possui uma enorme contribuição para a viticultura.
Embora algumas fontes questionem se o monge foi realmente o criador do champagne, dizendo que a segunda fermentação já vinha sendo analisada e estudada por outras pessoas antes dele, é fato notório que a região de Champagne desenvolveu um papel importante no desenvolvimento e na popularidade deste vinho, o que a levou a conquistar a Denominação de Origem Controlada (DOC).
Isso significa que somente será chamado de Champagne o vinho espumante que seguir critérios rigorosos determinados em uma legislação própria.
- Ser produzido na região de Champagne, na França.
- Seguir o método tradicional de produção, também conhecido como Champenoise, Método Tradicional ou Método Clássico.
- Ser feito com uvas cultivadas, colhidas e transformadas em vinho na região.
A região de Champagne é conhecida por suas características próprias, chamadas de terroir, que são a combinação de: Clima, Solo, Topografia, Método de produção. É essa combinação única que confere ao Champagne sua qualidade e identidade inconfundíveis.
Por falar nisso, você sabia que existe uma cidade no Brasil que conquistou o direito de ter um de seus espumantes chamados de Champagne? Mas essa será uma história para um dos nossos próximos encontros!
Tim-tim!