Por Nanda Cattani
O presidente Donald Trump, em seu segundo mandato à frente dos Estados Unidos, assinou nesta semana um decreto polêmico que promete mexer com as eleições americanas — e o Brasil entrou diretamente nessa história.
A nova ordem executiva determina que, para se registrar como eleitor nas eleições federais dos EUA, será necessário apresentar um documento que comprove a cidadania americana, como passaporte ou certidão de nascimento. Além disso, apenas os votos recebidos até o dia oficial da eleição serão contados — o que afeta diretamente milhões de pessoas que costumam votar pelo correio.
E o que o Brasil tem a ver com isso?
No texto do decreto, Trump cita o Brasil como exemplo positivo de segurança nas urnas. O motivo? Aqui, o voto é obrigatório e todos os eleitores são registrados com dados biométricos, como impressões digitais e foto. O sistema brasileiro, apesar de suas críticas, é visto como um dos mais modernos do mundo — e agora virou referência direta para os americanos.
Segundo o presidente, os Estados Unidos deveriam seguir o exemplo de países como o Brasil, onde há um controle mais rígido sobre quem está apto a votar. Nos EUA, atualmente, muitas pessoas se registram para votar apenas preenchendo um formulário — sem apresentar um documento que comprove a cidadania.
O que pode mudar?
Se a nova regra for colocada em prática, milhões de americanos poderão ter dificuldades para votar, principalmente aqueles que não têm acesso fácil aos documentos exigidos. Grupos de defesa dos direitos civis já estão dizendo que isso pode impedir que muita gente — especialmente os mais pobres, idosos e imigrantes naturalizados — exerça seu direito ao voto.
Há também uma batalha jurídica pela frente. Vários estados e organizações afirmam que Trump está tentando tomar uma decisão que não cabe somente ao presidente, mas também aos governos estaduais e ao Congresso.
E agora?
A discussão promete esquentar. Enquanto alguns defendem a medida como uma forma de proteger as eleições contra fraudes, outros enxergam nela uma tentativa de limitar o acesso ao voto e enfraquecer a democracia americana.
De qualquer forma, o Brasil entrou na conversa como modelo. Resta saber se os americanos vão mesmo seguir o exemplo — ou se a polêmica vai parar nos tribunais.
Continue acompanhando a Florida Review Magazine para entender como essas mudanças podem afetar a comunidade brasileira nos Estados Unidos.