Por Gabriela Streb
Gosto muito de vinhos e, no feriado de 7 de Setembro, embora muito triste, por uma questão pessoal, mantivemos a viagem programada para a Serra Catarinense.
Seguimos, no insta, o Daniel Serafim, que é um expert em vinhos e espumantes. Gaúcho, que mora em torno de Milão (Itália). Pedimos algumas indicações.
As vinícolas catarinenses são muito novas em detrimento às do Rio Grande do Sul. Lá, elas têm em torno de 20 anos, enquanto as nossas já ultrapassam 120 anos.
Seguimos a indicação do Daniel, que mencionou ter experimentado uma espumante da vinícola Abreu Garcia da Serra Catarinense. Fomos atrás. Que gincana para chegar até o local. Valeu a pena, recomendamos.
Como boa gaúcha, o trajeto é acompanhado de chimarrão, mas tem o revés, ou seja, banheiro urgente. Nos perdemos no trajeto. Estrada de chão batido, quase uma trilha de jipeiros. Sem uma alma viva no trajeto.
Gaúcha de apartamento, preciso de um aplicativo para chegar ao meu destino. Isso tudo é maravilhoso, desde que tenha internet. Problema é quando ela não existe. E isso aconteceu. Em meio ao nada, sem internet, encontramos um anjo, que tentou dizer como chegar. Como não deu certo, o Senhor nos levou até a porta da vinícola.
Chegando lá, o tal banheiro foi a primeira coisa a encontrar. E depois veio o Leonardo Ferrari, enólogo da vinícola. Contamos toda a saga da chegada. E em meio à nossa história, contamos a indicação do Daniel, porque tomou teu espumante no Ecoresort de Rio do Rastro (SC), nos perdemos, achamos um senhor que nos trouxe até aqui.
Sem contar que quase ficamos sem combustível. Em conclusão: tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Dr. Ernani, o proprietário da vinícola, sensibilizado com nossa história, pediu para abrir o principal espumante e o vinho, de nome Ami, que significa amigo.
Na vinícola tem uma capela, de pedra, construída para o batismo dos seus filhos e, junto, um sítio arqueológico, considerado patrimônio histórico, por ter uma tribo indígena de 1450 depois de Cristo.
Ou seja, a saga de chegar à Vinícola Abreu Garcia, que foi dificultada por nós, pois bastaria seguir o mapa, valeu toda a viagem. Não somente pela qualidade de seu espumante, mas principalmente pelo Dr. Ernani, que trouxe seu sonho à realidade e todas as pessoas como o Leonardo, que nos receberam.
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Altitude wines
By Gabriela Streb
advgabrielastreb@gmail.com
I love wines very much, and, on the 7th of September holiday, although very sad, for a personal reason, we kept the trip planned for Serra Catarinense.
We followed Daniel Serafim, who is an expert in wines and sparkling wines. Gaucho, who lives around Milan (Italy). We asked for some directions.
The wineries in Santa Catarina are very new to the detriment of those in the Rio Grande do Sul. There, they are around 20 years old, while ours are already over 120 years old.
We followed Daniel’s recommendation, who mentioned having tried a sparkling wine from the Abreu Garcia da Serra, Catarinense winery. We went after it. What a gymkhana, to get to the place. It was worth it, we recommend it.
Like a good gaucho, the route is accompanied by chimarrão, but there is a setback, that is, an urgent bathroom. We got lost on the way. A dirt road, almost a trail of jeepers. Without a living soul on the way.
Apartment gaucho, I need an application to reach my destination. This is all wonderful, as long as you have internet. The problem is when it doesn’t exist. And it happened. In the middle of nowhere, without the internet, we found an angel who tried to tell us how to get there. As it didn’t work, the Lord took us to the door of the winery.
Once there, the bathroom was the first thing to find. And then came Leonardo Ferrari, winemaker at the winery. We count the entire arrival saga. And in the middle of our story, we tell Daniel’s recommendation, because he took your sparkling wine at the Ecoresort, in Rio do Rastro (SC), we got lost, we found a man who brought us here.
Not to mention that we almost ran out of fuel. In conclusion: everything is worthwhile when the soul is not small. Dr. Ernani, the owner of the winery, touched by our history, asked to open the main sparkling wine and the wine, called Ami, which means friend.
In the winery, there is a stone chapel, built for the baptism of their children and, together, an archaeological site, considered a historical heritage because it has an indigenous tribe from 1450 after Christ.
In other words, the saga of reaching the Winery Abreu Garcia, which was difficult for us, as it would be enough to follow the map, was worth the whole trip. Not only for the quality of its sparkling wine but mainly for Dr. Ernani, who brought his dream to reality and all the people like Leonardo, who received us.
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